Open Banking: entenda o que é e quais as mudanças relacionadas

Com o Open Banking deve crescer a competição bancária e o acesso a ofertas personalizadas de produtos e serviços

O compartilhamento do histórico bancário, desde que autorizado pelo titular das informações, fará com que bancos e fintechs tenham acesso a informações de novos clientes.

Open Banking ou, literalmente, “banco aberto”. Este conceito que  já está sendo adotado por algumas instituições pode trazer mudanças positivas para a sua vida financeira. Mas você sabe por quê? 

Primeiramente, pense no relacionamento que você tem com seu banco. Se ele já é de longo prazo, a instituição conhece bem seu histórico de pagamentos e sua vida bancária. Os dados relacionados, porém, ficam apenas com ele. Ninguém mais conhece. 

É por isso que, muitas vezes, o seu banco oferece ofertas, taxas e limites personalizados e um banco novo não. Afinal, o relacionamento vai começar do zero.

 

Histórico passa a ter portabilidade com Open Banking

 

Com a adoção do Open Banking, este histórico de relacionamento passa a ter portabilidade. Ou seja, não é só seu banco que vai saber como você costuma agir em determinadas situações. Tanto bancos novos como fintechs de todos os tipos poderão ter acesso, se você autorizar, ao seu histórico. 

“Com o Open Banking, todo o histórico de crédito construído ao longo de décadas com um banco, como as contas pagas em dia, salários depositados, prestações, empréstimos, perfil de gastos, entre outros, estariam na mão do cliente. Ele passa a ter total controle das informações e decide compartilhar ou não com outras instituições ou empresas”, explica o especialista em investimentos e coordenador de pós-graduação da FECAP, Marcelo Cambria.

O Open Banking acontece com o uso de uma tecnologia padronizada através da liberação de interfaces baseadas em APIs. Muitas empresas de tecnologia costumam ter suas APIs abertas. Por exemplo, o  Google Maps,  que pode ser integrado a qualquer site.

Além do histórico de relacionamento, o compartilhamento de APIs no Open Banking também permite a criação de produtos e serviços financeiros novos e até personalizados.

Open banking
Imagem: reprodução / unsplash

Implementação teve autorização do CMN

 

Mas quando o Open Banking deve começar a vigorar? O processo de regulamentação foi autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em maio deste ano, e a implementação do modelo no País será por fases, com início previsto para 30 de novembro deste ano e conclusão prevista para outubro de 2021.

A primeira fase deve incluir o acesso a dados das instituições participantes, tais como os relacionados a contas de depósitos, contas de pagamento e outros serviços disponíveis. Por exemplo, as operações de crédito.

Segundo Cambria, o sistema propiciará melhores produtos e serviços financeiros, eficiência, além de aumentar a competição e promover a cidadania financeira.

“O Open Banking integrará produtos e serviços financeiros às diferentes jornadas digitais dos clientes, possibilitando a construção de produtos ou serviços financeiros que atendam às suas necessidades, agregando em um único ambiente todos os produtos e serviços financeiros de diferentes provedores”, diz.

Alguns países também já vêm adotando o conceito e servem de parâmetro para o Brasil, como é o caso da Inglaterra.

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