Novo Bolsa Família: valor do benefício pode chegar a R$ 250
Reajuste no programa, ainda não realizado na gestão Bolsonaro, é tema de debate entre a base aliada
O Novo Bolsa Família pode ter valor médio de R$ 250, segundo informou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na semana passada.
O anúncio veio após pressão de deputados e senadores aliados do governo, que anunciaram ao presidente que podem se pronunciar publicamente pela prorrogação do auxílio emergencial caso o valor do novo Bolsa Família não seja definido até julho, mês da última parcela do benefício.
Desde que assumiu a presidência, em 2020, Bolsonaro não aumento o valor do Bolsa Família. O último reajuste foi realizado pelo ex-presidente Michel Temer, em julho de 2018.
Valor do novo Bolsa Família é tema de debate; entenda
De acordo com Bolsonaro, em fala a apoiadores a à imprensa, o valor do novo Bolsa Família pode começar a valer em agosto ou setembro deste ano. O início do reajuste marca também o final do auxílio emergencial, que neste ano é pago em quatro parcelas de R$ 150 a R$ 375, entre abril e julho.
O anúncio do aumento, no entanto, não agradou a base governista. Hoje, o valor médio do Bolsa Família é de R$ 192. O aumento para R$ 250 estaria abaixo da inflação. Segundo os senadores e deputados, o novo Bolsa Família deveria ficar em R$ 270. Os apoiadores ainda defendem a expansão na base de beneficiários do programa social.
À Folha de São Paulo, o Ministério da Cidadania afirmou pretende aprimorar o programa após o término do auxílio emergencial. Não há mais informações sobre o novo valor do Bolsa Família.
Beneficiários na fila
Hoje, o Bolsa Família atende 14,6 milhões famílias e cerca de 1,5 milhões estão na fila para receber o benefício após o fim do auxílio emergencial.
Entre abril e julho deste ano, beneficiários do programa estão recebendo entre R$ 150 e R$ 375, valores referentes ao auxílio emergencial. O valor do novo Bolsa Família seria então mais uma ajuda para que as famílias não fiquem em déficit após o término da assistência federal em resposta à pandemia da covid-19.
Lançado em 2004, o Bolsa Família é destinado a famílias em situação de extrema pobreza (com renda mensal de até R$ 89 por pessoa) e pobreza (com renda entre R$ 89,01 e R$ 178) – nessa última categoria, apenas caso gestantes, crianças ou adolescentes façam parte da composição familiar. Os beneficiários também precisam estar inscritos no Cadastro Único para programas sociais e ter os dados atualizados a cada 2 anos.
Acúmulo de auxílios
Para que o novo valor do Bolsa Família entre em vigor, o governo vai aumentar os custos de cada um dos benefícios cumulativos que integram o programa social. São eles, por exemplo: benefício para crianças e adolescentes de 0 a 15 anos; benefício para gestantes; benefício para nutrizes (crianças entre 0 a 6 anos); benefício variável jovem (adolescentes entre 16 e 17 anos – permitido que cada família acumule até dois); benefício de superação a pobreza.
Há ainda a expectativa que o governo acrescente novas bolsas, como o auxílio-creche, bolsa anual para o melhor aluno e uma bolsa mensal de R$ 100,00, com adicional de prêmio anual para o estudante destaque na área científica e técnica.
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