Não vai ter mais Auxílio Emergencial em 2021, e agora?

Fim da programa emergencial deixa 20 milhões de pessoas sem qualquer ajuda do governo

O Ministério da Cidadania anunciou em outubro que não vai ter mais Auxílio Emergencial. O programa de assistência do governo foi criado durante a pandemia como forma de enfrentamento aos impactos econômicos da covid-19. No último mês de repasses, 35 milhões de famílias foram atendidas, de acordo com o Ministério da Cidadania.

Na quarta-feira (11), o líder do governo no Senado e relator da PEC dos Precatórios, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que cerca de 20 milhões de pessoas não receberão nenhuma ajuda com o fim do Auxílio Emergencial. 

Segundo Bezerra, o governo acredita que o emprego informal e a guinada da economia vão aliviar a renda desse grupo. Em entrevista à GloboNews, o senador afirmou que “vai voltar o emprego informal, que é muito forte na nossa economia”.

Não vai ter mais Auxílio Emergencial?

A última parcela do Auxílio Emergencial foi paga em outubro – os repasses, determinados pelo mês de nascimento dos beneficiários, ocorreram entre os dias 20 e 31. As datas de saque do valor terminam em 19 de novembro, contemplando os nascidos em dezembro. Em 2021, ao todo, R$ 59,5 bilhões foram gastos com os pagamentos.

Desde que foi apresentado pelo governo em abril do ano passado, o Auxílio Emergencial teve caráter provisório. Com o avanço da vacinação contra a covid-19 – junto à consequente queda do número de mortes pela doença – e retomada da economia, o programa foi suspenso.

Mas, já que não vai ter mais Auxílio Emergencial, quais as opções para a população que ficará sem o benefício? O fim da ajuda emergencial combina com o início de outro programa do governo, o Auxílio Brasil, apresentado para substituir o Bolsa Família após 18 anos.

Beneficiários do Bolsa Família, que recebiam os valores do Auxílio Emergencial, entrarão automaticamente na base do Auxílio Brasil. Para isso, é preciso ter a situação regularizada no Cadastro Único (CadÚnico), mas sem necessidade de recadastramento.

Transição de programas: dá para entrar na fila do Auxílio Brasil?

Desde o anúncio de que não vai mais ter Auxílio Emergencial, muitos beneficiários tentam migrar para o Auxílio Brasil. O programa, neste primeiro mês, vai beneficiar exclusivamente as 14,6 milhões famílias atendidas pelo Bolsa Família.

Até o final do ano, o governo projeta que cerca de 19 milhões de pessoas recebam os repasses. Isso vai se basear em uma fila já estabelecida pelo CadÚnico.

Não vai ter mais Auxílio Emergencial? Confira os requisitos para o Auxílio Brasil

Cerca de 5 milhões que recebiam o Auxílio Emergencial e não são beneficiários do Bolsa Famílias já estão no CadÚnico, ou seja, a parcela de pessoas que atender aos requisitos do governo podem receber o benefício de R$ 400 a partir de dezembro.

Quem recebia o Auxílio Emergencial, mas não tem Cadastro Único pode buscar uma unidade do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e se cadastrar para entrar na fila do Auxílio Brasil, caso atenda aos requisitos.

Saiba aqui o passo a passo para entrar no CadÚnico – o processo é feito obrigatoriamente de modo presencial, com entrevista para avaliar o perfil socioeconômico da família.

 

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