Mudança climática representa ameaça ao crescimento global diz chefe do FMI
Reunião do Fundo Monetário Internacional discute possibilidades para diminuição de impactos ambientais com visão no futuro
A presidente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, fez um apelo na última segunda-feira, 12, aos principais emissores de carbono do mundo. Segundo ela, “a mudança climática representa ameaça ao crescimento global”. Desse modo, a ideia é que os países concordem com um piso dos preços do carbono.
Assim, em uma reunião com os ministros da economia de 52 nações, Georgieva destacou a importância que os países adequem ao piso de carbono e executem investimentos “verdes”.
A mudança climática representa uma ameaça real para as economias e também para as futuras gerações. Por isso, além dos investimentos para frear a pandemia da covid-19, é preciso focar em ações que diminuam os impactos ambientais resultantes de países poluentes.
Com isso, as nações envolvidas iriam impulsionar em média 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) global nos primeiros 15 anos de recuperação ambiental. Além disso, a chefe do FMI afirma que mesmo estando no meio de uma crise sanitária mundial, “devemos nos mobilizar para evitar a crise climática”.
Desse modo, Kristalina frisou que “a crise ambiental já é uma realidade e devemos nos adaptar e criar resistência aos choques climáticos”. Ela também reitera o trabalho do FMI com os países integrantes e reforçou a importância de priorizar ações para minimizar os impactos ambientais.
Sendo apenas uma questão de tempo, como aponta o relógio do clima de NY, para que o planeta entre em colapso, o que comprova que a mudança climática representa ameaças de fato.
Entenda porque a mudança climática representa uma ameaça
Ao todo são 52 países que trabalham para integrar a redução de impactos ambientais em suas políticas econômicas. No entanto, a China e os Estados Unidos, os maiores emissores de carbono do mundo, não fazem parte da coalizão. Juntos, eles respondem por 43% das emissões mundiais de gases que retêm calor.
Para Georgieva a evidência é clara, de que “a mudança climática representa uma ameaça profunda ao crescimento e à prosperidade.” Por essa razão, as políticas macroeconômicas são centrais para evitar desastres climáticos.
Dessa forma, a precificação do carbono deve estar no centro da estratégia. E isso é possível. Segundo uma pesquisa do FMI, a adoção de medidas estratégicas poderiam ajudar a alcançar emissão líquida zero até 2050.
Mesmo com pandemia em curso, a Kristalina acredita que os países possam reservar parte dos US$ 12 trilhões em estímulos fiscais e investimentos verdes. Com isso, “é fundamental fazer a implementação certa, inclusive para proteger as pessoas e setores vulneráveis para garantir uma transição justa”.
Todavia, outra preocupação de Georgiva é a estrutura atual do acordo de Paris, pois não proporcionaria a redução necessária de 25% a 50% das emissões na próxima década. Com isso, a mudança climática continuaria representando uma ameaça à economia e à vida.
Sendo assim, a líder pediu aos principais emissores que estabeleçam um preço mínimo para o carbono. Por fim, só a adesão das grandes potências econômicas poderiam abrir caminho para um consenso global. “Isso proporcionaria uma orientação clara e uma base sólida para construir um consenso global sobre ações que poderiam ser tomadas para atingir essa meta conjunta”, finaliza Kristalina.