Inflação pelo IPCA-15 sobe 0,60% em abril, diz IBGE
Resultado ficou abaixo do verificado em março, quando o índice apresentou alta de 0,93% em relação ao mês anterior
Puxado pelo alta dos combustíveis, o grupo Transportes contribuiu com o maior impacto no resultado do IPCA-15 em abril. Foto: Arquivo
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,60% em abril, informou, nesta terça-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do de março, quando o IPCA-15 apresentou alta de 0,93% ante fevereiro. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,82% e de 6,17% nos últimos 12 meses. Acima da alta acumulada, de 5,52%, dos 12 meses imediatamente anteriores.
O impacto maior sobre a desaceleração da alta do índice em abril veio do setor de Transportes, que subiu menos em relação a março, com alta de 1,76% neste mês, ante 3,79%, em março. O impacto sobre o resultado do IPCA-15 do setor de Transportes, que era de 0,76 ponto porcentual em março, caiu para 0,36 ponto porcentual em abril.
Segundo o IBGE, a alta menor do preço dos combustíveis em abril, de 4,87% ante março, puxou a queda maior do grupo Transportes. Os preços da gasolina, que subiram 11,18% no IPCA-15 de março, registraram alta de 5,49% em abril. O etanol subiu 1,46% em abril e o óleo diesel, 2,54%. Ambas as variações são menores do que as verificadas em março, de 16,38% e 10,66% respectivamente. Mas, apesar do recuo, a gasolina, diz o IBGE, se manteve em abril como o item de maior peso individual no resultado do IPCA-15, com 50% de participação.
Alimentação e Bebidas
O grupo Alimentação e Bebidas, com alta de 0,36% em abril, foi o segundo com maior peso no resultado da índice divulgado pelo IBGE, puxada especialmente pela alimentação em domicílio, com alta de 0,19% em abril, ante queda de 0,03% em março. Aqui, a variação no preço do pão francês, de 1,73%, e do leite longa vida, de 1,75%, em relação a março, após terem recuado nesse mês em relação a fevereiro, foram determinantes para o avanço da taxa no grupo Alimentos. As carnes mantiveram o movimento de alta, subindo 0,61% em abril, mas abaixo do aumento de 1,72% de março.
Atrás do grupo Alimentos, contribuíram para o resultado de abril os de Habitação, com avanço de 0,45%, e Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,44%. No primeiro, pesou o reajuste da energia elétrica. Em Saúde e Cuidados Pessoais, foi verificada alta no valor dos planos de saúde, com avanço de 0,66%, e dos produtos farmacêuticos, com alta de 0,53%. Ambos haviam apresentado queda em março, ante fevereiro.