Inflação pelo IPCA-15 fica em 0,44% em maio, diz IBGE
Resultado, que veio abaixo do de abril, levou o índice, no entanto, a uma alta acumulada de 7,27% em 12 meses
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) desacelerou a subida em maio e fechou o mês com alta de 0,44%, informou, nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como aconteceu com o resultado de abril frente a março, o índice em maio também foi inferior ao de abril, mês em que o IPCA-15 apresentou alta de 0,60%.
No ano, no entanto, o IPCA-15, acumula alta de 3,27% e de 7,27% nos últimos 12 meses. Acima da alta acumulada de 6,17% dos 12 meses imediatamente anteriores. O índice é tido como uma prévia do IPCA, usado pelo Banco Central para fixar a meta de inflação para o ano.
O impacto maior sobre o índice em maio veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 1,23%, acima da alta verificada em abril, de 0,44%, devido, segundo o IBGE, à alta nos preços dos produtos farmacêuticos, que subiram 2,98% e, também, ao reajuste de 10,08% no preço dos medicamentos a partir de 1° de abril.
Também registraram alta superior em maio em relação ao mês de abril os grupos Habitação, que avançou 0,79% puxada principalmente pelo aumento da energia elétrica em 2,31%. Lembrando que, em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha, que acrescentou R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos, após quatro meses seguidos de bandeira amarela. Em abril, o grupo havia subido 0,45%.
Alimentação e Transportes no IPCA-15 de maio
A alimentação em domicílio, cujos preços subiram 0,50% em maio ante 0,19% em abril, fez o grupo Alimentação e Bebidas registrar também em maio alta acima da verificada em abril: avançou 0,48%,ante o 0,36% de alta no mês anterior. Carnes, com alta de 1,77%, aparece como o maior avanço no mês. O item acumula alta de 35,68% nos últimos 12 meses. O tomate também pesou ao subir 7,24% em maio, quando, em abril tinha recuado 3,48%.
Transportes, que em abril foi o grupo com o maior peso sobre o IPCA-15 no mês, em maio aparece como o único a recuar, fechando o mês com queda de 0,23%. Segundo o IBGE, a deflação de Transportes veio puxada pela queda de 28,85% do preço das passagens aéreas, que recuaram em todas as áreas pesquisadas. Ainda dentro do grupo Transportes, o maior impacto positivo fico com de automóveis novos, que subiram 1,16% em maio.