Greve dos caminhoneiros: o que se sabe até o momento?
No começo da manhã de hoje (1), por volta das 6h, uma parte do setor bloqueou duas faixas na rodovia Castello Branco e fez um protesto no local.
Greve dos caminhoneiros – A paralização da classe está marcada para ter início hoje (1), como forma de protesto e reinvindicação dos diretos desses trabalhadores. Porém, como o grupo é amplo e diverso, não existe consenso se a greve vai ir adiante ou não. Duas pistas da rodovia Castello Branco foram bloqueadas, na altura de Barueri (SP) e caminhoneiros fizeram um protesto no local, no começo do dia. As outras faixas da rodovia estavam liberadas para passagem de veículos. Ainda não registros de outros pontos de bloqueio ou protestos nas estradas, até o momento.
A greve dos caminhoneiros deve ir em frente?
Ainda não se sabe se a greve dos caminhoneiros vai seguir ou se haverão mais manifestações da classe. Pois o setor não chegou a um consenso sobre a paralização, como aconteceu em 2018.
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) já manifestou, por meio de nota, contrária à paralização. Além dela, a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) e a Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos), que participaram da greve em 2018 também não devem aderir à greve este ano.
Já a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística), a ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil), e o CNTRC (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas) são os principais apoiadores e organizadores da paralização.
Além disso, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) proibiu a obstrução da Rodovia Presidente Dutra durante a greve dos caminhoneiros. Com multa estipulada em R$ 10 mil para pessoas físicas e R$ 100 mil para jurídicas em caso de descumprimento da medida.
O que pedem os caminhoneiros?
O principal motivo da greve é a alta do preço do diesel, que teve aumento de 4,4% nas refinarias no final de dezembro. Eles pedem também uma revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete. O grupo pede ainda a implementação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), conquista da greve de 2018.
Contudo, um áudio do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas estaria sendo circulado entre os caminhoneiros. Nele, Tarcísio afirma que não há como cumprir as demandas da classe. O áudio foi enviado para representantes da Associação dos Caminhoneiros e Condutores de Capão da Canoa (RS).
Além disso, segundo a coluna do UOL de Chico Alves, o ministro teria dito que os caminhoneiros devem pensar como empresários e “desmamar” do governo. Ele também afirmou que desconfia que existam motivos políticos por trás da greve, já que ela está marcada para o mesmo dia da eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, segundo Alves.