Entenda o que é inflação e o que faz os preços subirem

A inflação impacta diretamente no bolso das pessoas. A saber, a meta para inflação de 2020 é de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

A inflação impacta diretamente no bolso das pessoas. Um exemplo atual é o preço do arroz, que acumula alta de 19,25% no ano. Era possível comprar 5kg do grão por R$ 10 ou R$ 15, no entanto atualmente o valor chega a R$ 40 em algumas regiões. Por esses e outros casos, é importante entender o que é inflação.

A saber, a meta para inflação de 2020 é de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a inflação de agosto ficou em 0,24%. No acumulado de 12 meses, o índice está em 2,44%.

Afinal, o que é inflação?

Inflação é o nome dado ao aumento de preços de bens e serviços. Seu cálculo é feito a partir de uma cesta de produtos, que possui itens relacionados a alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação. Quando há inflação, há por consequência diminuição do poder de compra da moeda.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice oficial de inflação do Brasil. Então, ele é usado como referencial para metas inflacionárias e alterações nas taxas de juros. O IPCA é calculado todos os meses e indica a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos, o que diz respeito a maior parte da população.

Ademais, é produzido pelo IBGE. O qual faz um levantamento em 13 áreas urbanas do país de cerca de 430 mil preços em 30 mil locais. Depois disso, é feita uma comparação com os preços do mês anterior e dado o número da variação geral.

Nota-se ainda que o impacto desse indicador é diferente para cada família. Pois cada lar tem um hábito de consumo distinto, ou seja seu índice pessoal de inflação.

O que faz a inflação aumentar ou diminuir?

A inflação é influenciada pela oferta e demanda. Se mais pessoas procuram pelo produto, o preço tende a aumentar. Ao passo que, menos pessoas se interessam por ele o valor pode ficar menor. Do mesmo modo, se uma mercadoria tem pouca quantidade disponível, seu preço ficar mais elevado.

Para melhor entendimento, podemos usar o exemplo do preço do arroz. O Brasil está exportando mais os grãos, ou seja, há menor oferta no mercado interno. Além disso, os hábitos de consumo mudaram na quarentena, as pessoas estão comendo mais em casa e por consequência, a procura pelo produto aumentou. A junção desses dois fatores fez com que a inflação do arroz aumentasse consideravelmente.

O custo de produção maior também pode gerar aumento do preço do produto final. Esse custo pode variar conforme a oferta da matéria prima, por exemplo. Ademais, o câmbio é outro fator de influência na inflação. Se o dólar estiver em alta, itens importados e nacionais que dependem de componentes importados podem ficar mais caros.

Duas pessoas no supermercado
Fonte: freepik

O aumento de preços é ruim?

É importante para o bom andamento da economia que a inflação esteja controlada. Por isso há uma meta de inflação para o ano, a qual é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Então, o aumento dos preços em si não é algo ruim, mas sim o aumento exagerado. A isso se dá o nome de hiperinflação.

Quando a inflação atinge índices superiores à 50% ao mês pode-se considerar como hiperinflação. A saber, nos anos de 1980 a 1990 o Brasil viveu esse fenômeno. Quando chegou a inflação chegou até a 6.800% em um único ano. Seis planos econômicos tentaram resolver esse problema. O último deles, Plano Real, conseguiu.

Nota-se que a inflação alta gera incertezas e acaba por desestimular investimentos. Além de afetar principalmente as parcelas mais pobres da população.

Como a Selic é usada para controlar a inflação?

Um dos mecanismos utilizados para controlar a inflação é a taxa Selic. Ela é a taxa básica de juros da economia. Seu valor é definido a cada 45 dias em reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Dessa maneira, pode-se optar por manter, aumentar ou diminuir a taxa. Atualmente a Selic está em 2%.

Quando a Selic está baixa, como é o caso atual, fica mais fácil contratar créditos e empréstimos bancários. Pois os juros ficam mais baixos, influenciados pela Selic. Sendo assim, há maior estímulo ao consumo e, portanto, maior movimentação da economia. Isso faz com que a inflação aumente.

Já quando a intenção é diminuir a inflação, a ação é aumentar a Selic. Afinal, com os juros de crédito mais altos, as pessoas consomem menos. E com a pouca procura os preços de mercadorias e serviços diminuem. Baixando também a inflação.

Deflação

Ao contrário da inflação, a deflação é a diminuição de preços de uma cesta de produtos em determinado período. Assim como a inflação alta, a deflação não é desejada, pois pode gerar prejuízos à comerciantes e adiar compras de consumidores. Então, o Banco Central (BC) age de forma a deixar a inflação baixa.

Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes