Economia tem recuperação e PIB fica em 5%, segundo Ipea

A redução do PIB em 6% foi reavaliada pelo Ipea. O estudo publicado nesta quinta-feira, 01, ainda aponta estabilidade na inflação do país.

O Ipea, Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada, aponta que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) será de 5% em 2020. Anteriorimente, o previsto era de redução em 6%. Um dos fatores para a redução do índice é o bom desempenho do terceiro semestre, a saber, julho a setembro.

Dessa forma, agosto foi o mês mais expressivo. Sendo assim, com as estimativas de crescimento da produção industrial (+6,1% em relação a julho), serviços (+7,6%), vendas no varejo ampliado (+7,5%) e vendas no varejo restrito (+5,6%). Para 2021,  a projeção de crescimento do PIB é de 3,6%.

Recuperação Econômica – Ipea

A recuperação econômica depende da evolução da pandemia de Covid-19 até o final do ano, segundo o estudo* do Ipea. Apesar do cenário otimista, o ano deve fechar com ociosidade elevada, isto é, pouca evolução nos índices da economia. Isso porque o mercado tem sofrido oscilações, ainda que o comércio e indústria tenham retomado as atividades.

Sendo assim, o hiato do produto saltou de 4,2% no primeiro trimestre deste ano para  13,9% no terceiro trimestre. Vale ressaltar que esse índice representa a diferença entre a quantidade de produtos produzidos e comercializados, em relação ao ideal de produção e comercialização.

“É importante que o país saia da pandemia reforçando o compromisso com o equilíbrio fiscal, que é pré-requisito fundamental para a retomada sustentável da nossa economia”, avalia o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do instituto, José Ronaldo Souza Júnior.

Por fim, a análise trimestral do Ipea também apontou que as medidas emergenciais, o Auxílio Emergencial por exemplo, pode resultar em um forte aumento do déficit e da dívida pública, já que os gastos são de R$ 590 bilhões, em combate à Covid-19.

Inflação

O estudo do Ipea ainda apontou que a inflação mantém-se baixa neste ano.  Porém, “no terceiro trimestre, o cenário do
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vem sendo marcado por uma significativa aceleração dos preços dos alimentos”, declara o informativo. A variação do período é de 11,4%.

Ademais, os produtos alimentícios responderam por 70% de toda a variação do IPCA. Mas também, a previsão geral para 2020 é de 2,3%. “O preço alto estimula a oferta. Para os próximos períodos, em particular para o ano que vem, é de se esperar uma alta na produção”, declara Ronaldo ao se referir à oferta de produtos como arroz.

Por outro lado, a exportação aumentou nos últimos meses, por conta de dois motivos: barateamento nos preços das commodities agrícolas no mercado internacional e a desvalorização da moeda Real em 2020. Dessa forma, o alto volume de exportação dos produtos brasileiros tem segurado a inflação.

Ainda, o diretor do Ipea acredita que o Conselho de Política Monetária do Banco Central não precise elevar a taxa Selic por causa da inflação, e que nas próximas reuniões o Copom mantenha a taxa nos atuais 2%.

Por fim,  a taxa de inflação estimada pelo Ipea é de 3,3% para 2021.

*O estudo do Ipea foi publicado nesta quinta-feira, 01, no portal do órgão.

Fonte Ipea
Através da Agência Brasil
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes