Copom mantém taxa Selic em 2% ao ano, pela 2ª vez consecutiva
A taxa Selic representa a base dos juros na economia brasileira. A alíquota vigora desde agosto, devido aos reflexos da economia global.
A taxa Selic é o juros básico da economia brasileira. Pela segunda vez consecutiva, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) mantém a alíquota de 2,00% ao ano, em setembro e agora, em outubro. Segundo o Banco Central (BC), a decisão por manter a taxa foi unânime.
Um dos fatores para tal resultado ainda é o reflexo da crise sanitária, resultado da pandemia. “No cenário externo, a forte retomada em alguns setores produtivos parece sofrer alguma desaceleração”, informa a nota do Banco Central.
O órgão econômico também afirmou que “há bastante incerteza sobre a evolução desse cenário, frente a uma possível redução dos estímulos governamentais e à própria evolução da covid-19”, com justificativa para manter a taxa Selic em 2%.
Além disso, o BC afirmou que “a continuidade da alta nos preços dos alimentos e de bens industriais, consequência da depreciação persistente do Real, da elevação de preço da commodities e dos programas de transferência de renda” foram importantes para a decisão de manter a taxa Selic. Também, geram um “pressão inflacionária mais forte no curto prazo”.
Projeções da taxa Selic
O Banco Central ainda informou as expectativas de inflação para este ano. Sendo assim, a taxa ficar próximo a 3,0%. Já a taxa Selic deve-se manter em 2,00% até o fim de 2020.
Para o ano de 2021, a inflação ficará em 3,2% ao ano e a taxa Selic com leve elevação. Dessa forma, a taxa básica de juros será de 2,75% ao ano.
Por fim, há ainda projeção para 2022. Segundo o Banco Central, a taxa Selic ficará em 4,50% ao ano e a taxa inflacionária deve ficar em 3,8%.
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