Governo revoga 48 normas trabalhistas ‘obsoletas’; veja o que muda
A revogação de 48 normas trabalhistas foi justificada com a promessa de reduzir a burocracia e aumentar a geração de empregos no país.
Com a defesa da desburocratização para criação de empregos, o Programa Descomplica Trabalhista revoga 48 normas de portarias da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). O anúncio aconteceu em cerimômia no Palácio do Planalto na última quinta-feira (22).
As 48 portarias trabalhistas revogadas são “obsoletas”, de acordo com o Ministério da Economia.
Além disso, a cerimônia registrou a assinatura da norma regulamentadora para o agronegócio, a NR 31, específica para saúde e segurança na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura. Mas também, simplicação do formulário do eSocial.
Revogação das normas trabalhistas
A burocracia é a principal justificativa para a revogação das normas trabalhistas. Segundo o Ministério da Economia, essa medida pode gerar mais empregos. Contudo, o governo não detalhou quais normas trabalhistas tiveram anulação.
Durante a apresentação do Programa Descomplica Trabalhista, o ministro da economia, Paulo Guedes afirmou a revogação das normas trabalhistas é uma medida que faz parte do plano de governo. “Estamos fazendo o nosso dever de casa, fazendo o máximo possível. Essa solenidade é a simplificação e a desburocratização dentro do espírito que o senhor (Bolsonaro) colocou aqui”, declarou na cerimônia. Além disso, Guedes disse que “temos que transformar a economia”.
Também, o secretário especial da pasta, Bruno Bianco Leal declarou que a revogação foi necessária para a modernização dos empregos. “Portarias inúteis, mas que atrapalham nossa vida, nossa gestão e a vida de quem quer empreender no Brasil.”
Ainda de acordo com o Ministério da Economia, a simplificação de processos de contratações e obrigações trabalhistas são pontos de partida para geração de empregos no país. Cerca dois mil documentos do antigo Ministério do Trabalho estão sob revisão e ter consolidação em menos de dez.
Por fim, o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, comentou que “essas portarias [revogadas] simplesmente já estavam muito obsoletas. Elas fazem parte da gestão do antigo Ministério do Trabalho e são exemplo do quão grande podem se tornar as burocracias estatais”.
Vale ressaltar que o Ministério do Trabalho tornou-se uma secretaria do Ministério da Economia, no governo Bolsonaro.
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