Bolsonaro quer elevar isenção do IR para R$ 3 mil até 2022
Promessa de campanha do presidente, entretanto, trazia como proposta o aumento da faixa de isenção para R$ 5 mil
Nesta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que vai tentar aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 3 mil até 2022, durante transmissão ao vivo em rede social.
Isenção do IR
“Vamos tentar pelo menos em 2022 passar para R$ 3 mil”, disse Bolsonaro em transmissão semanal nas redes sociais. “Não conseguimos levar adiante a mudança da tabela do Imposto de Renda por causa da pandemia.”
Atualmente, o limite de isenção é de R$ 1.903,98. Diferente da promessa de campanha, disse que não conseguiria aumentar a faixa de isenção para R$ 5 mil porque, como em sua fala anterior, o país estava quebrado.
“Gostaríamos de passar pra R$ 5 mil , não seria de uma vez, mas daria até o final do mandato fazer isso. Não conseguimos por causa da pandemia. Nós nos endividamos em mais R$ 700 bi, não deu pra atender. Vamos ver se para o ano que vem pelo menos passe de R$ 2 mil para R$ 3 mil”, projetou Bolsonaro.
Proposta de campanha
Segundo o iG, o presidente relatou que conversa com a equipe econômica sobre o tema e ressaltou que o “posto Ipiranga” é o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Tenho falado que não sou economista, todo mundo sabe disso, o posto Ipiranga é o Paulo Guedes, mas tem um detalhe: todo mundo que ganha R$ 3 mil por mês que desconta um pouco do Imposto de Renda dá em torno de R$ 28 bilhões por ano, mas no ano seguinte quase tudo é ressarcido, então jogo contábil de um ano pro outro”.
Ainda segundo o presidente, o aumento da faixa de isenção ajudaria a Receita Federal a gerenciar a arrecadação, com “menos clientes”. Além disso, Bolsonaro aproveitou para rebater algumas críticas de que não estaria cumprindo as promessas de campanha. A culpa seria, então, da chegada da pandemia.
“Não é não está cumprindo compromisso de campanha, era compromisso, ia ser cumprido e aconteceu algo anormal. É você querer comprar um carro, mas alguém da família fica doente, você não compra mais o carro, ou vai deixar o parente morrer por causa disso aí?”, comparou.
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