Auxílio emergencial vai continuar? Governo vê chance

Recente declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, levantou hipóteses sobre um eventual aumento do benefício

O Auxílio emergencial vai continuar? A pergunta tem alimentado a esperança dos brasileiros em meio à alta dos preços e pandemia. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a sugerir a continuidade do programa, mas só se a reforma do Imposto de Renda (IR), atualmente tramitando no Congresso, seja recusada.

Ou seja, se ela não for aprovada do jeito que o governo federal quer, isso resultaria em uma eventual ampliação do auxílio emergencial. Mas por que isso aconteceria?

 

O auxílio emergencial vai continuar em 2021?

Os jornais têm repercutido a fala do ministro Paulo Guedes de que a não aprovação do IR poderá gerar uma reação e expandir o auxílio emergencial.

“[Caso não seja aprovado] vai produzir uma reação do governo que é o seguinte: ah é, então quer dizer que não tem fonte não, né? Não tem tu vem tu mesmo. Então é o seguinte, bota aí R$ 500 logo de uma vez e é auxílio emergencial. A pandemia está aí, a pobreza está muito grande, vamos para o ‘vamos ver’”, afirmou.

Além disso, Guedes entende que isso traria um problema muito grande para todos os lados envolvidos.

O auxílio emergencial foi determinante para conter os efeitos financeiros da pandemia, mas gerou dívida de R$ 300 bilhões aos cofres públicos, segundo ele.

A Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que uma medida de aumento permanente de despesa – como o aumento do Bolsa Família, que é um projeto permanente e não temporário, como o auxílio emergencial, precisa dizer qual é a fonte de custo.

Assim, como fonte de receitas para o custeio do Auxílio Brasil, que é o novo nome do projeto, a Economia do país diz que a nova tributação da reforma irá ajudar a ter esse custeio.

O que é a reforma do Imposto de Renda?

Se o Imposto de Renda tiver a reforma que o governo pretende, ele vai arrecadar mais dinheiro para os cofres públicos. Por isso, vai sobrar mais recursos para ser utilizados no programa Bolsa Família – que deverá ser substituído pelo Auxílio Brasil. As informações são do jornal CNN Brasil.

“Inadvertidamente o mundo empresarial vai a Brasília e faz um lobby contra o [projeto de reforma do] Imposto de Renda. Ele na verdade está inviabilizando o [aumento do] Bolsa Família”, disse Guedes.

Dessa forma, sem essa aprovação, o entendimento é de que a gestão federal precisaria reeditar o auxílio emergencial para continuar fornecendo recursos para os beneficiários.

A Câmara dos Deputados aprovou em votação essa reforma no começo de setembro. Após isso, o Senado Federal vai analisar e se aprovar, o presidente, Jair Bolsonaro (sem partido) irá assinar ou não.

Com isso, a faixa de isenção será ampliada para até R$ 2.500 mensais. Atualmente, o limite é de R$ 1.903,98. Além disso, empresas terão de pagar 15% sobre lucros e dividendos, o que não acontecia antes.

O deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA) propôs isso há alguns meses. Segundo ele, é uma forma de compensar a queda no imposto de renda das empresas.

O auxílio emergencial vai acabar neste ano?

Oficialmente, o auxílio emergencial não tem nenhuma extensão prevista e os pagamentos devem acabar em novembro. Ou seja, ninguém mais pode se inscrever no programa.

Segundo o Estadão-Broadcast, o Senado Federal pode impedir a aprovação da reforma do IR. Assim, o governo tem pensando em um “plano B” para os recursos do novo Bolsa Família.

Por isso, há a possibilidade de cortes em subsídios. No entanto, o Congresso Nacional ainda vai avaliar essa proposta neste mês. Dessa forma, também vai depender da aprovação dos parlamentares.

Atualmente, quem defende a ampliação do auxílio diz que isso iria beneficiar mais pessoas que o Auxílio Brasil, que visa atingir pessoas mais pobres.

Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes