Vacina contra Covid: Doria pedirá registro definitivo no dia 23
Instituto Butantan pretende enviar estudos conclusivos da vacina contra a Covid-19 no próximo dia 23 à Anvisa
A estratégia para conseguir, de fato, a aprovação da Coronavac, o governo do Estado de São Paulo decidiu mudar os planos e adiar para o dia 23 de dezembro o envio do resultado dos testes da vacina contra Covid-19 à Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
Previsão de entrega da vacina contra a Covid-19
A previsão inicial era de que os documentos fossem enviados até esta terça-feira (15), porém o argumento foi de conseguir o registro definitivo da vacina contra Covid-19 – Coronavac, que está sendo produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Segundo o governador João Doria (PSDB), o Instituto pretende enviar os dados completos para solicitar o registro definitivo da vacina contra Covid-19. “Registrar a vacina com estudo conclusivo vai permitir maior confiabilidade na análise da eficácia da vacina. Outro benefício será conquistar o registro definitivo da vacina em vários países do mundo. São Paulo espera obter o registro da vacina do Butantan até o final deste ano e iniciar a vacinação em 25 de janeiro conforme está programado. Com autorização da Anvisa ou de órgão similar internacional”, afirmou o governador em coletiva de imprensa no início da tarde de ontem (14).
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o estudo clínico permitirá o registro da vacina contra Covid-19 no Brasil, na China e no mundo e deve ser feito simultaneamente. “E esse é o motivo da decisão estratégica que tomamos no final da semana passada junto com os representantes da Sinovac, de submeter o registro final da vacina e não submeter os estudos intermediários com base na análise interina. Isso por um motivo de que nós atingimos o número de infectados na corte que está sendo estudada”, afirmou o diretor.
O estudo conclusivo vai medir a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos receberam placebo e quantos tomaram a vacina. A taxa mínima recomendada pela própria Anvisa é de 50% como parâmetro de proteção.
“A decisão de concluir o estudo ocorre após os cientistas terem sinalizado que o número mínimo necessário de 151 voluntários infectados já foi ultrapassado. Hoje a fase três da vacina do Butantan já tem 170 voluntários infectados, incluindo os grupos vacinados e placebo”, afirmou Doria.
Aprovação da vacina contra a Covid-19
A vacina contra a Covid-19, CoronaVac, se encontra em sua terceira fase de testes., que é o estágio em que a eficácia precisa ser comprovada antes da liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Para que a vacina comece a ser distribuída, é necessário que o Instituto Butantan envie um relatório à Anvisa e que o órgão aprove o uso do imunizante.
Segundo o governo paulista, o processo de envase, a partir da matéria-prima importada da China, começou a ser realizado no dia 9 de dezembro, no Butantan, que está operando as funções 24 horas por dia.
Vale lembrar que o Instituto Butantan tem 1.880 metros quadrados, e contará com o reforço de 120 novos profissionais, além dos 245 que normalmente já atuam na instituição.
Vacina outros Estados
Onze estados do Brasil formalizaram a solicitação para a compra da Coronavac. A confirmação veio do governador João Dória.
Além do estado de São Paulo, veja quais são os Estados que encomendaram a Coronavac
- Acre
- Pará
- Maranhão
- Roraima
- Mato Grosso do Sul
- Espírito Santo
- Rio Grande do Norte
- Paraíba
- Ceará
- Rio Grande do Sul
- Piauí
De acordo com Dimas Covas, mais de 900 cidades manifestaram interesse na compra da vacina. Ele disse ainda que o instituto tem capacidade para fornecer as doses aos demais estados e vacinar a população de SP conforme cronograma anunciado para a primeira fase de imunização.