Reclassificação do Plano SP coloca capital de volta na fase laranja
Grande São Paulo e capital paulista regridem para fase laranja do Plano São Paulo. Outras regiões, como Marília e Bauru, no interior, regrediram para a fase vermelha. Nesta sexta (26/02) número de pessoas internadas em UTI somou 6.767, maior índice desde o início da pandemia.
João Doria (PSDB) anunciou uma nova reclassificação do Plano SP na tarde desta sexta-feira, 26 de fevereiro. Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador do estado afirmou que tanto a capital paulista quanto a Grande São Paulo vão regredir para a fase laranja a partir de hoje até o dia 14 de março.
A capital paulista estava na fase amarela, mais branda em relação as restrições impostas pela pandemia da Covid-19. No entanto, com o aumento do número de internações, mortes e casos em São Paulo, o governador decidiu decretar medidas mais severas para conter a disseminação do novo coronavírus, entre elas, o toque de recolher em todo estado entre 23h às 5h.
Como ficou a reclassificação do Plano SP?
Além da Grande São Paulo, outras regiões do estado regrediram de fase do Plano SP. Confira a seguir como ficou cada uma delas com a reclassificação anunciada pelo governo.
Estão na fase laranja:
- São Paulo
- Grande SP
- Registro
- Sorocaba
- Taubaté
- Franca
- São José do Rio Preto
- Campinas
Estão na fase vermelha:
- Marília
- Ribeirão Preto
- Araraquara
- Bauru
- Barretos
Estão na fase amarela:
- Araçatuba
- Piracicaba
- Baixada Santista
O que funciona na fase laranja?
A fase laranja é uma fase de alerta. Fica proibido serviços como academias, salões de beleza, bares e restaurantes. Serviços essenciais como comércio e até shoppings centers devem funcionar com ocupação máxima limitada a 20% da capacidade. O horário também é reduzido: são 4 horas seguidas em todos os dias da semana ou 6 horas seguidas em 4 dias da semana, desde que suspenso o atendimento presencial nos demais 3 dias. Fica proibido o uso de praças de alimentação.
Piora na pandemia
O estado de São Paulo vem registrando um avanço da pandemia pelo estado e bateu recordes no número de pessoas internadas em estado grave nesta última semana. O número somou 6.767 pessoas internadas em UTI nesta sexta-feira (26/02), este é o maior número desde o início da pandemia em 2020.
De acordo com o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, a situação dos pacientes diagnosticados com Covid-19 está evoluindo de forma mais grave. No pico da pandemia, em julho do ano passado, 40% dos pacientes internados no estado estavam em UTIs. Nesse momento, do total de internados, 46% dos pacientes estão em estado grave.
O Brasil registrou o número recorde de mortes por causa da Covid-19. Segundo informou o consórcio de imprensa, o país registrou 1.582 óbitos no dia 25 de fevereiro. Até então, o dia mais letal tinha sido 29 de julho de 2020, quando 1.554 brasileiros morreram diagnosticados com o novo coronavírus.
O que pensa João Doria
Segundo o governador, as novas restrições mais rígidas são extremamente necessárias para evitar um colapso no sistema de saúde. Veja abaixo o que disse João Doria sobre o toque de recolher em todo o estado de SP:
“Temos que adotar essa medida para proteger vidas, para proteger vidas de brasileiros em São Paulo. Não temos nenhuma satisfação de adotar uma medida como essa, mas temos a necessidade de adotar essa medida para proteger vidas.”
Como funciona o Plano SP?
O Plano São Paulo é a estratégia do Governo do Estado de São Paulo para vencer a Covid-19. Ele é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O plano divide o estado em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase do plano, dependendo de fatores como capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.