Hospitais estaduais de SP vão atender apenas casos graves
Seis hospitais estaduais não estão atendendo pacientes com casos mais leves. De acordo com o governo de SP, a medida foi adotada para evitar ocupação máxima nas unidades. Confira quais são elas.
Para evitar ocupação máxima e a concentração de pacientes, o governo do estado de SP anunciou a restrição do atendimento de seis hospitais estaduais localizados na capital paulista e na região da Grande São Paulo. A medida vigora desde o dia 1º de fevereiro, mas desde ontem, houve um aumento de 18% na procura por pronto-atendimento.
A Secretaria Estadual da Saúde reforça que a medida deve evitar que casos menos graves prejudiquem os atendimentos mais complexos. A mudança, no entanto, não foi comunicada oficialmente pela página da Secretaria. Os pacientes que buscaram pelo pronto-socorro nos hospitais estaduais de SP se depararam com a notícia por meio de cartazes.
A orientação do governo é que a população procure as redes municipais de pronto-atendimento.
Veja quais hospitais estaduais de SP adotaram a medida
Ao todo, quatro hospitais estaduais da capital vão permanecer de portas fechadas para pacientes com casos considerados não graves. Já na Grande SP, dois hospitais sofrem com a medida, sendo eles em Itapecerica da Serra e em Mogi das Cruzes. Confira a lista completa abaixo:
Capital
- Hospital Estadual Vila Alpina – Av. Francisco Falconi, 1501 – Vila Alpina, São Paulo
- Hospital Geral – Unidade Itaim Paulista – Avenida Marechal Tito, 6035 – Jardim Jaragua (Itaim Paulista), São Paulo
- Hospital Geral do Grajaú – Rua Francisco Octávio Pacca, 180 – Parque das Nações, São Paulo
- Hospital Geral de Pedreira – R. João Francisco de Moura, 251 – Vila Campo Grande, São Paulo
Grande SP
- Hospital Geral de Itapecerica da Serra – Av. Guacy Fernandes Domingues, 200 – Embu Mirim, Itapecerica da Serra – SP
- Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo – R. Manuel de Oliveira, S/N – Vila Mogilar, Mogi das Cruzes – SP
Secretária defende medida
De acordo com o secretário-executivo da Secretaria Estadual de Saúde, Eduardo Ribeiro, a medida de restringir o atendimento dos hospitais estaduais de SP é um “redirecionamento da demanda de quadros leves”. “É importante dedicar os hospitais capacitados, equipados, para, neste momento de dificuldade, poderem se dedicar plenamente aos atendimentos mais graves”, afirmou.
Em nota ao jornal Agora São Paulo, a secretaria disse que a medida vai vigorar ao longo dos próximos 90 dias. O modelo também já foi adotado pelo Hospital das Clínicas.
Covid-19 em SP
Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa divulgados no último domingo, 31 de janeiro, o estado de São Paulo tem atualmente uma média de 220 mortes diárias por Covid-19. O que aponta para uma tendência de estabilidade da doença no estado. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 69,4% na Grande São Paulo e 69,9% no estado em geral.
Com o aumento do número de casos nas últimas semanas, o estado de SP voltou para fases mais restritas do plano de contingência do governo. A capital paulista segue na fase laranja até o próximo dia 7 de fevereiro, enquanto algumas cidades do interior, como Marília, Bauru, Sorocaba, Taubaté, Presidente Prudente, Franca e Barretos seguem na fase vermelha.