Greve de ônibus em São Paulo: as operações vão parar?
Categoria está em estado de greve
Na última segunda-feira, 23 de maio, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) aprovou o “estado de greve” da categoria, assim como protestos nos terminais de ônibus da capital. Mas o que isso significa? Entenda a situação da greve de ônibus em São Paulo.
Vai ter greve de ônibus em São Paulo?
Em assembleia realizada no dia 23 de maio, o Sindmotoristas aprovou o estado de greve de ônibus em São Paulo. Isso significa que não haverá uma paralisação nas operações na capital, mas indica que essa situação pode ocorrer em breve, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas.
Dessa forma, aqueles que dependem do transporte público não precisam se preocupar com qualquer alteração repentina no momento. Os motoristas devem continuar suas funções normalmente e apenas aumentar a pressão em relação aos patrões, diante das mudanças exigidas nas condições de trabalho. Também foi aprovada pelo sindicato a realização de assembleias permanentes e de protestos em todos os terminais de ônibus da capital paulista na quarta-feira, dia 25, a partir das 14h.
O que é o estado de greve?
O estado de greve não corresponde a greve em si, nem ao momento que antecede a paralisação, no caso dela já ter data de início aprovada em assembleia. Dessa forma, ele se trata apenas da intensificação do processo de mobilização, além do fortalecimento da participação por parte da categoria. Durante o estado de greve, também costumam ser definidas uma série de ações a serem realizadas, como, por exemplo, assembleias e protestos, buscando mostrar a importância do movimento e as reivindicações apresentadas.
Reivindicações da categoria
Antes de ser decretado o estado de greve de ônibus em São Paulo, a proposta salarial apresentada pelo SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) havia sido rejeitada pela diretoria e comissão de negociação dos trabalhadores, em reunião na última quinta-feira, dia 19. Segundo publicação do sindicato, ela foi considerada “indecorosa”, em que não atende nem ao menos 50% do reajuste reivindicado pela categoria.
Durante a assembleia, o presidente do Sindmotoristas, Valdevan Noventa, discursou em relação à tentativa de negociação. “Gananciosos e insensíveis, os concessionários do sistema do transporte público urbano de São Paulo não estão preocupados com as consequências do seu jogo sujo, o quanto isso pode afetar os condutores, usuários de ônibus e a população em geral”, ele declarou. A diretoria do sindicato reforçou que os trabalhadores permaneçam totalmente mobilizados durante o estado de greve de ônibus em São Paulo. E ainda alertou para o fato de que, dependendo dos próximos passos, a categoria pode ser convocada para mais uma assembleia geral nesta semana, para avaliar uma nova proposta salarial ou até mesmo a deflagração da greve por completo.
Confira quais são as principais reivindicações:
- Reajuste Salarial de 12,47%, mais aumento real;
- Vale Refeição de R$ 33,00 (unitário);
- Equiparação de todos os benefícios para os trabalhadores e trabalhadoras das empresas do sistema complementar (empresas novas);
- Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de R$ 2.500,00;
- Fim das escalas com uma hora para refeição sem remuneração;
- Reajustes nos valores dos benefícios: Auxílio Funeral, Seguro de Vida, Convênio Médico e Odontológico etc;
- Adequação das nomenclaturas do Plano de Carreira do Setor de Manutenção, equiparação salarial e promoção para funcionários e funcionárias Fora de Função.
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