Covid-19 em SP: UTIs voltam a ter 100% de ocupação em hospitais
Pelo menos cinco hospitais da capital e região metropolitana, registram alto índice de superlotação por Covid-19 em SP.
A capital paulista e toda Grande SP estão com 100% de ocupação nos leitos de enfermarias e nas Unidades de Terapia Intensiva – UTIs nos hospitais que tratam da Covid-19 em SP. As informações foram repassadas pelas secretarias municipais de São Paulo, Guarulhos e Embu das Artes, na região metropolitana. Pelo menos, cinco hospitais estão superlotados e ultrapassam o pico máximo da capital, em 13 de maio, auge da doença em SP.
A Santa Casa de Santo Amaro e o Hospital Municipal Vila Santa Catarina, ambos na zona sul da capital, atingiram a margem dos 100% de utilização das vagas. O hospital da Brasilândia, na zona norte, chegou a 70% de ocupação. A unidade é utilizada somente para o atendimento de pacientes com Covid-19.
Na rede municipal, o índice de ocupação de UTI era de 59% ontem (06) em hospitais da prefeitura e de 88% nas unidades privadas contratadas.
Já na rede estadual, 65% dos leitos de UTI para tratamento de Covid-19 em SP estavam em utilização na terça (05). As taxas para a região metropolitana estão acima de 60% desde o dia 2 de dezembro. Em todo estado, o índice chegou a 62,3% de ocupação.
Nesta semana em Guarulhos, por exemplo, duas unidades atingiram 100% de ocupação de UTI: o Complexo Hospitalar Padre Bento e Hospital Geral. O Hospital Municipal de Urgências chegou a 100% de utilização dos leitos na enfermaria. Em Osasco, o índice chegou a 56,1%.
Covid-19 em SP (ABC Paulista)
Os dois hospitais do ABC paulista que foram reservados para atender exclusivamente casos de Covid-19, têm números elevados: 94,7% no Hospital Anchieta e 82,5% no Hospital de Urgência, ambos em São Bernardo do Campo.
Em Santo André, a prefeitura ainda mantém duas estruturas emergenciais, chamadas de hospitais de campanha. Uma está concentrada no campus da Universidade Federal do ABC – UFABC e outra no ginásio Pedro Dell’Antônia. Ambos registram taxas de ocupação na margem dos 26% e 64%, respectivamente.
Já as cidades de Diadema e São Caetano do Sul, são as únicas que apresentam taxas mais baixas na ocupação nas UTIs: 40% e 44%, segundo as prefeituras.
Colapso na saúde pública
De acordo com o consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Otsuka, os números tendem a piorar nos próximos dias, uma vez que, as contaminações ocorridas nas festas de fim de ano irão refletir com mais intensidade e podem até causar um colapso na saúde pública.
Sobre novas medidas restritivas à Covid-19 em SP, o infectologista diz que a conscientização deve vir da população. “Não adianta nada se o povo continuar entendendo que não existe risco e continuar a disseminação da doença”, disse Otsuka ao jornal Agora São Paulo.
Até o momento, o estado de São Paulo soma 47.222 mil óbitos por Covid-19, 1.486.551 casos confirmados e mais de 5 mil internados em UTIs.
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