Marcelo Crivella, prefeito do Rio, é preso a 9 dias de terminar o mandato
A nove dias para terminar o mandato, prefeito Marcelo Crivella é preso na Operação Hades, que atua diretamente no QG da Propina do Rio
Operação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu na manhã desta terça-feira (22), o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos). O motivo da prisão foi o suposto ‘QG da Propina’ na prefeitura do Rio.
Ao chegar à Delegacia Fazendária, na Cidade da Polícia, onde presta depoimento, Marcelo Crivella, que encerra o mandato em nove dias, deu uma rápida declaração a jornalistas. “Fui o prefeito que mais combateu a corrupção na prefeitura do Rio de Janeiro”, declarou, dizendo ainda que agora espera “justiça”.
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Crivella disputou à reeleição em novembro, mas foi derrotado por Eduardo Paes (DEM) no segundo turno. Como o vice-prefeito Fernando McDowell morreu em maio de 2018, quem assume o comando da cidade é o presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felipe (DEM).
Operação Hades – prisão de Marcelo Crivella
Deflagrada em março deste ano, a Operação Hades investiga o chamado ‘QG da Propina’, na Prefeitura do Rio. Este foi o motivo da prisão de Marcelo Crivella na manhã de hoje.
‘QG da Propina’ é um suposto esquema de pagamentos de proprina para a liberação de contratos da prefeitura.
Operação Hades
Além de Crivella, foram presos também o empresário Rafael Alves, o delegado aposentado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo, além dos empresários Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos, da área de seguros.
O ex-senador Eduardo Lopes também é alvo da operação. No entanto, ele não foi encontrado em sua casa no Rio. Ele teria se mudado para Belém e deverá se apresentar à polícia. Ele foi senador do Rio pelo Republicanos, ao herdar o cargo de Marcelo Crivella, e foi secretário de Pecuária, Pesca e Abastecimento do governador afastado Wilson Witzel.
Todos os presos vão passar por uma audiência de custódia às 15h, no Tribunal de Justiça, para que a legalidade do procedimento seja avaliada, conforme determinou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.