Entenda porque o cantor Belo foi preso no Rio de Janeiro

Artista foi detido no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (17/02). A assessoria de imprensa do cantor Belo confirmou seu mandado de prisão, mas não quis comentar sobre o assunto.

Nesta quarta-feira, 17 de fevereiro, o cantor Marcelo Pires Vieira, mais conhecido como Belo, foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e encaminhado para a  Delegacia de Combate às Drogas (DCOD). As informações foram confirmadas pela assessoria do artista, que preferiu não se manifestar sobre a prisão do cantor Belo.

Show do cantor Belo na Maré

Imagem mostra show do cantor belo no complexo da maré durante o carnaval
Show do cantor belo na maré (foto: reprodução/tv globo)

Imagens e filmagens de um show realizado pelo cantor Belo na madrugada de sábado, 13 de fevereiro, repercutiram na internet e levaram a polícia a investigar o evento, já que este não teve autorização da Secretaria Municipal de Saúde e também contou com aglomeração de pessoas, indo contra o decreto de proibição imposto pela prefeitura para conter a pandemia da Covid-19.

O show de Belo aconteceu na Escola Municipal do Parque União, localizada no complexo da Maré, Zona Norte do Rio. A polícia também investiga uma suposta invasão ao colégio. Após abrir um inquérito de investigação, a DCOD cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e cinco buscas e apreensão.

Segundo informações obtidas pelo portal G1, a polícia deve escutar todas as pessoas envolvidas no evento, inclusive o cantor, que será intimado para esclarecer quem pagou o cachê do show.

O que diz o cantor Belo sobre o show na Maré

Em entrevista ao G1, o cantor afirmou que o show seguiu todos os protocolos de segurança, incluindo o distanciamento social e o uso de máscaras. Entretanto, as imagens que circulam na internet mostram o contrário. “Não temos controle do geral. Isso nem os governantes têm. As praias estão lotadas, transportes públicos, e só quem sofre as consequências são os artistas”, disse Belo.

Em sua defesa, o cantor afirmou que os artistas estão sofrendo com a paralisação de shows e eventos com a pandemia, e por isso, é o setor mais afetado. “Que foi o primeiro segmento a parar, e até agora não temos apoio de ninguém sobre a nossa retomada. Sustentamos mais de 50 famílias”, concluiu.

Imagem mostra cartaz do show do cantor belo na maré, rio de janeiro
Foto divulgação do show do cantor belo (foto: instagram/reprodução)

Passagens na Justiça

Essa não é a primeira vez que o cantor Belo terá que se entender com a justiça. No início dos anos 2000, precisamente em 2002, o artista foi condenado a seis anos de prisão após acusações de associação ao tráfico de drogas, e segundo a polícia, na época, “de negociar armas pelo telefone com um traficante”. Belo ficou preso apenas por um mês e logo conseguiu direito a responder em liberdade.

Após dois anos, o Ministério Público recorreu da decisão e a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aumentou a pena do cantor para oito anos. Na ocasião, o cantor foi preso novamente e passou três anos e oito meses na cadeia.

No começo de novembro do ano passado, a filha caçula do cantor Belo, Isadora Alkimin Vieira, foi presa integrar quadrilha especializadas em golpes eletrônicos e na internet. Isadora foi presa junto com outras 11 mulheres, e foi solta para responder em liberdade após um mês na cadeia.

Belo se posicionou sobre a prisão de Isadora, e demonstrou ter ficado surpreso com a notícia, já que a filha faz faculdade e ganha pensão avaliada em dez salários mínimos por mês.

Aglomerações durante Carnaval

No Rio, cidade conhecida por abrigar festas tradicionais nesta época do ano, contou com aglomerações de todos os tipos, desde bailes em comunidades, como na Maré, até o bairro do Leblon, na zona sul. O bairro da Lapa também registrou movimentações e um número elevado de pessoas consumindo bebidas alcoólicas em frente a bares e estabelecimentos.

Segundo informou o G1, de sexta-feira (12/02) à noite até a madrugada de domingo (14/02), equipes da Prefeitura do Rio realizaram 43 inspeções sanitárias, aplicaram 25 multas e interditaram 14 estabelecimentos devido as aglomerações. Entre os dias 12 a 22 de fevereiro, vale um decreto que proíbe a entrada de ônibus e veículos fretados na cidade, blocos de rua e aglomerações clandestinas aconteçam na cidade. A exceção acontece apenas para os transportes que prestam serviços regulares para empresas de turismo e hotéis.

 

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