Visa diz estar bem posicionada no mercado de criptomoedas
CEO diz que empresa está trazendo APIs para companhias que queiram adicionar criptomoedas à sua rede de pagamentos
Durante uma teleconferência de resultados realizada na terça-feira, 27, o CEO da Visa, Alfred Kelly, discutiu as ambições da empresa para o mercado de criptomoedas e disse que a gigante de pagamentos está extremamente bem posicionada nas iniciativas.
A empresa tem investido em diversos setores criptográficos, em uma estratégia múltipla que se refere aos seus serviços relacionados a bitcoin, stablecoins e até Moedas Digitais de Banco Central (CBDCs).
“Nosso foco está em cinco oportunidades diferentes que vemos neste espaço e eu diria que este é um espaço para o qual estamos nos inclinando muito e acho que estamos extremamente bem posicionados”, disse o CEO, citando o gasto e a compra de criptomoedas, APIs relacionados à criptografia para instituições financeiras, acordos via stablecoins e CBDC.
A Visa relatou também que tem mantido contato com bancos centrais para o desenvolvimento de suas moedas digitais, sugerindo que a empresa possa ter algum papel no processo.
“Estamos conversando com os bancos centrais sobre a importância da parceria público e privada e, em particular, a importância da aceitação, porque para que essas moedas digitais do banco central tenham valor, elas terão de estar seguras nas mentes dos consumidores, e isso é algo com que temos um longo histórico e podemos ajudar. E, em segundo lugar, obviamente eles precisam ter algum tipo de utilidade “, disse Kelly, na teleconferência.
Visa e Bitcoin no Brasil
No final de março, o CEO da Visa no Brasil, Fernando Teles, disse que a empresa está trazendo APIs para companhias que queiram adicionar criptomoedas à sua rede de pagamentos e que, dessa forma, o cliente poderá optar por fazer o pagamento com bitcoin no seu cartão Visa, com o valor sendo convertido instantaneamente para a moeda corrente, no caso do país, o Real.
Na ocasião, o executivo falou de outros projetos da Visa, como o que envolve tokenização única de referência, que busca aumentar a segurança e a rapidez nas transações; e também de um projeto-piloto chamado “B2B connect”, baseado em blockchain, com funcionamento similar ao de tokenização, mas voltado a grandes empresas.