Vai ter horário de verão em 2023 ou não? O que sabemos

De acordo com Jair Bolsonaro (PL), a medida não será adotada no final desse ano e começo do próximo.

Desde 2019, o Brasil não adota o horário de verão, que foi extinto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida consistia em adiantar os relógios em 1 hora entre os meses de outubro a fevereiro visando a economia de energia elétrica nos horários de pico. Mas com a derrota do atual presidente nas eleições presidenciais, o horário de verão vai voltar em 2023 com a nova gestão?

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Vai ter horário de verão em 2023?

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em setembro, que o horário de verão não seria adotado pelo país em 2023. A mudança dos relógios era realizada em outubro e permanecia até fevereiro. Contudo, entre o final de 2022 e começo de 2023 não voltará a ser adotado o horário de verão.

“Este é o nosso terceiro ano sem o horário de verão. Ele veio para ficar. Horário de verão nunca mais. É bom para todo mundo. A sociedade já se adaptou a esse fim do horário de verão que mexia e atrapalhava a vida da maioria da população brasileira. É uma ação simples, um decreto nosso. Mas de grande repercussão até para a produtividade do trabalhador brasileiro”, afirmou Bolsonaro em entrevista à CNN em setembro.

Com relação à mudança dos relógios nos próximos anos, em que Bolsonaro não estará no comando do Brasil, não é possível afirmar o que a nova gestão irá fazer. A campanha do candidato eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não comentou o assunto durante a eleição.

Como funciona o horário de verão

O horário de verão é adotado por diversos países do mundo e consiste em adiantar uma hora no relógio durante os meses do verão. A ideia é aproveitar a luz natural do dia e economizar energia elétrica nos horários de pico, entre o final da tarde e começo da noite.

Dessa forma, os equipamentos, como lâmpadas ou abajures, ficariam menos tempo ligados, já que há mais luz solar.

A mudança é feita apenas na época do solstício de verão, quando a incidência de sol na Terra é maior, fazendo com os dias sejam maiores e as noites menores. Dessa forma, ao adiantar os relógios, é possível ter maior tempo de claridade durante os dias e evitar o uso de luz elétrica por, pelo menos, uma hora nos horários de pico.

Vale lembrar que apenas os locais mais afastados da linha do Equador sentem essa diferença. Lugares que estão no centro do globo não apresentam variação significativa da incidência da luz solar. Por isso, países como o Equador não adotam o horário de verão, mas já os locais da Europa sim.

Lugares que adotam o horário de verão

Os locais afastados da linha do Equador adotam o horário de verão, pois têm maior incidência da luz solar durante essa estação. Estados Unidos, França, Austrália estão entre os locais que adoram a medida.

Mas países que estão no centro do globo e não apresentam variação da luminosidade durante o ano não adotam a medida, pois não faria diferença.

No Brasil, quando o país adotava o horário de verão, estados mais ao Norte também não entravam na medida. Mas as federações do centro-sul adiantavam uma hora nos relógios.

Quando o Brasil deixou de ter o horário de verão

No Brasil, o horário de verão era instituído desde 1930, contudo, haviam alterações durante os anos. Em alguns momentos a medida era acatada e em outros não, além disso, também não haviam datas definidas para a mudança. Foi apenas em 2008, que o então presidente Lula (PT), determinou a padronização do horário de verão.

O decreto de Nº 6.558 afirmou que à meia-noite do terceiro domingo de outubro, os relógios deveriam ser adiantados em uma hora. A mudança ficaria em vigor até a meia-noite do terceiro domingo de fevereiro.

Havia ainda uma ressalva, se a data de fevereiro caísse no carnaval, a medida seria adiada para a próxima semana. Todos os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste deveriam adotar a mudança. Já locais das regiões Norte e Nordeste não precisavam.

A medida perdurou até 2018, mas no ano seguinte, em 2019, o presidente Bolsonaro assinou um decreto que revogou o horário de verão. Segundo afirmou o chefe do Executivo na época, a mudança nos relógios não ajudava na economia de energia e “mais de 70% da população era favorável ao fim do horário de verão”.

Horário de verão é benéfico?

O horário de verão é defendido por alguns e contestado por outros. De acordo com um estudo da Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado pelo jornal O Globo em outubro, a medida não traz benefícios significativos.

O levantamento foi feito a pedido do Ministério de Minas e Energia para apontar se a adoção da medida traria uma redução da pressão sobre as fontes de energia elétrica.

Segundo constatou a pesquisa, o horário não influencia na operação do sistema elétrico. A ONS ainda afirmou em nota que a decisão de retomar ou não a medida cabe ao governo federal. Contudo, o presidente já alegou que não irá retornar com a mudança.

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