Vacinação e outras 18 promessas de Biden para os 100 primeiros dias
A posse do novo presidente dos EUA, Joe Biden, promete mudar o rumo do país nos próximos anos, mas os 100 primeiros dias do governo já devem balançar a política. Confira quais são as promessas do democrata.
O rumo da política dos Estados Unidos está prestes a mudar radicalmente. Joe Biden tomou posse no dia 20 de janeiro de 2021 e se tornou 46º presidente dos EUA. Com planos bem diferentes de Donald Trump (Republicanos), que quebrou o protocolo de 150 anos ao não comparece no evento, o democrata já divulgou suas metas para os próximos 100 dias. A seguir, vejas as principais promessas de Biden:
Compromisso com o combate à covid-19
Em uma situação delicada devido a pandemia da Covid-19, que já matou mais de 400 mil norte-americanos, Biden terá que lidar com questões urgentes, incluindo as políticas migratórias e climáticas. Após fazer o tradicional juramente na posse, Biden discursou e afirmou que a “América pode ser melhor que isso”, ao se referir as atuais circunstâncias deixadas por Trump.
União foi a palavra mais usada por Biden nesta quarta-feira (20). Segundo ele, a união é a única que conseguirá “superar os desafios e restaurar a alma e garantir o futuro dos Estados Unidos”. Biden também reforçou que governará para todos, inclusive os apoiadores de Trump. “Serei um presidente para todos os americanos”, disse.
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Promessas de Biden para os próximos 100 dias
Lista de promessas feitas por Biden – 100 dias
Os 100 primeiros dias de um novo governo são conhecidos como um “marcador inicial” para a política. Nesta fase, é de costume que o presidente eleito defina algumas prioridades e promessas. Veja abaixo o que Biden prometeu para os próximos meses:
- Ordem para intensificar as leis de distanciamento social e o uso de máscaras de proteção
- Imunizar cerca de 100 milhões de pessoas contra a Covid-19 durante os primeiros 100 dias de governo
- Recolocar os EUA na Organização Mundial da Saúde (OMS)
- Lançar campanha de educação pública sobre a vacinanação
- Pacote de US$ 1,9 trilhão para a economia
- Fim das isenções de impostos
- Interromper a construção do muro na fronteira com o México
- Tornar o programa DACA (Ação Adiada para Chegadas na Infância) permanente
- Revogar a proibição de viagens em países de maioria muçulmana
- Criar um programa de empregos de saúde pública que financiará aproximadamente 100.000 trabalhadores
- Investir US$ 130 bilhões para financiar escolas com o objetivo de auxiliar no processo de reabertura
- Plano de Energia Limpa de US$ 2 trilhões, com o propósito de levar emissões líquidas de carbono zero até 2050
- Aumentar o limite de refugiados no país para 125.000 pessoas
- Propor aos governos estaduais e locais cerca de US$ 350 bilhões em financiamento emergencial
- Expansão da Lei de Direitos ao Voto
- Apoiar o “College for All Act“, que eliminaria as mensalidades em faculdades e universidades públicas para famílias que ganham até US$ 125.000
- Reduzir a pobreza com o projeto “American Family Act”, que oferece a população em situação de vulnerabilidade uma renda mensal de 250 em dinheiro por criança
- Pressionar o Congresso a aprovar o SAFE Justice Act para reduzir o uso de sentenças mínimas obrigatórias para infratores não violentos
O pacote de estímulos e promessas de Biden
O pacote de estímulos de Joe Biden deve custar US$ 1,9 trilhão, sendo 1 trilhão de auxílio às famílias americanas e 40 bilhões para empresas e comunidades locais. O governo pretende ajudar estados e municípios e o setor da saúde. Ou seja, é uma enxurrada de dinheiro.
A expectativa é que o pacote o tal pacote de Biden ajude o mercado financeiro, já que o país também registra recordes no número de pedidos de auxílio-desemprego. Segundo Biden, o pacote tem como objetivo “evitar a fome e reduzir a pobreza” que aumentou no país devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus.
Economia dos EUA vai bem em dia de posse de Biden
O dia 20 de janeiro de 2021 foi um dia de histórico para os EUA . A do novo presidente, o democrata e sua vice, Kamala Harris, impactaram positivamente a do país. Segundo informações divulgadas pelo Copom, as ações americanas subiram pelo segundo dia consecutivo e os índices de Wall Street reagiram com otimismo.
Na contramão, o Ibovespa fechou em queda de 0,82% no final da tarde desta quarta. Com a tensão em torno do plano de vacinação do governo Bolsonaro, e as incertezas provocadas pela pandemia da Covid-19, a movimentação econômica do Brasil foi afetada. Também nesta tarde foi decidido o destino da Selic, taxas de juros, no país.
De volta para os EUA, o índice Dow Jones subiu 0,678% enquanto. Já o índice de tecnologia Nasdaq saltou 2,11% e atingiu um novo recorde em meio a uma forte alta nas ações da Netflix. A empresa de streaming registrou ganhou de mais de 17%.