Vacina contra Covid-19: imunização em SP pode começar em dezembro
Promissora, coronavac pode começar a ser aplicada em dezembro
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira, 21, que toda a população de São Paulo será vacinada contra a covid-19 até fevereiro de 2021.
Vacina contra Covid-19 – O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na quarta-feira (23), em entrevista coletiva, que a CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, vem demonstrando segurança na fase de testes em humanos. Portanto, isso significa que a vacina não provoca efeitos colaterais graves.
Quando teremos uma vacina contra a Covid-19?
A Vacina contra Covid-1, a CoronaVac está na fase 3 de testes em humanos, que vai avaliar agora a a eficácia, ou seja, se ela produz anticorpos em quantidade suficiente contra o vírus. Assim, se o cronograma de testes se mantiver e a vacina se mostrar eficaz, e houver a aprovação da Anvisa, a expectativa é de que a coronavac esteja liberada para vacinação a partir de dezembro.
“Aos brasileiros de São Paulo, garanto que teremos a vacina para atender a totalidade da população já no final deste ano e ao longo dos dois primeiros meses de 2021. Temos que, evidentemente, terminar esta terceira fase de testagem e esperamos que tudo ocorra bem”, disse o governador em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
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Testes da Coronavac – Vacina contra Covid-19
Estudo feito na China com 50.027 voluntários chineses, entre eles, funcionários da própria Sinovac, demonstrou que 5,36% das pessoas vacinadas apresentaram efeitos colaterais, todos sem gravidade: dor no local da aplicação (caso constatado em 3,08% dos voluntários), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%). Efeitos um pouco mais graves foram observados em 0,03% dos voluntários, tais como perda de apetite, dor de cabeça, fadiga e febre.
A vacina contra Covid-19, a CoronaVac, está sendo testada no Brasil desde julho, na fase 3, que estuda a eficácia do imunizante. A vacina está sendo aplicada em duas doses. Ao todo, os testes com a CoronaVac são realizados em 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
Os resultados sobre a eficácia da vacina, no Brasil, devem começar a aparecer a partir da segunda quinzena de outubro, segundo Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.
Na China já foram iniciados testes da vacina em crianças e idosos. Entre as pessoas com mais de 60 anos, a vacina foi aplicada em 422 voluntários e os resultados apontaram 97% de eficácia. Os estudos em crianças têm 552 voluntários de 3 a 17 anos.
A vacina também passará a ser testada, em sua fase 3, também em voluntários da Turquia.
Como funciona a CoronaVac?
Para produzir a CoronaVac, os cientistas da Sinovac Biotech recorreram a uma matriz inativada da cepa CZ02 do próprio coronavírus, o Sars-Cov-2. Por matriz inativada entende-se o vírus morto ou fragmentos dele.
Com isso, a vacina estabelece uma espécie de memória celular capaz de ativar o sistema imunológico de quem é vacinado. Trata-se do mesmo princípio aplicado nas vacinas existentes para conter, por exemplo, doenças como a hepatite, as gripes comuns, a dengue, a raiva e o HPV.
Consequentemente, a expectativa dos cientistas é de que, quando o organismo do paciente entrar em contato com o coronavírus ativo, o corpo já estará preparado para reagir ao invasor.