Terremotos no Brasil? Entenda porque são mais comuns do que você imagina
Os tremores causados por um terremoto surpreenderam diversas cidades da Bahia no final de agosto. As cidades de Amargosa, Brejões e Elísio Medrado foram as que mais sentiram os três incidentes. Você Conheça outros casos de terremotos no Brasil pelos pontos abaixo e saiba como eles acontecem
<span”>Os tremores causados por um terremoto surpreenderam diversas cidades da Bahia no final de agosto. As cidades de Amargosa, Brejões e Elísio Medrado foram as que mais sentiram os três incidentes. Mas você sabia que aconteceram outros terremotos no Brasil além do registrado na Bahia?
Conheça outros casos de terremotos no Brasil pelos pontos abaixo e saiba como eles acontecem:
<span”>O que aconteceu na Bahia?
<span”>Em três momentos entre os dias 30 e 31 de agosto, moradores da cidade de Amargosa sentiram um tremor. O fenômeno sentido em todas as ocasiões foram os reflexos de um terremoto de magnitude 4,6. Diversos relatos e a prefeitura indicaram a presença de rachaduras em casas e pisos da cidade baiana após o terremoto.
Segundo Aedson Borges, secretário de Infraestrutura de Amargosa: “ a gente já teve esse relato algumas outras vezes, mas nenhuma tão impactante quanto a do domingo, às 7h45. Mas a gente tem relatos de anos anteriores. segundo o Instituto de Sismologia e os técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, [o fenômeno] pode voltar e pode durar algumas semanas”. Mas isso não deve assistir os moradores da Bahia, pois a magnitude dos abalos será muito baixa.
Os tremores tiveram foco em Amargosa e outras duas cidades, mas Salvador e diversos outros locais também sentiram o terremoto no Brasil. Conforme Carlos Uchôa, geólogo e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), “muito provavelmente é o de maior magnitude já registrado nos últimos 30 anos na Bahia. A Região do Vale do Jiquiriçá e todo o recôncavo é uma região que tem muitas falhas geológicas, que são fraturas nas rochas”.
Já aconteceram outros terremotos no Brasil?
<span”>Terremotos no Brasil estão muito longe de ser novidade. Segundo dados divulgados pela Universidade de São Paulo (USP), o país já teve mais de 100 terremotos durante o século 20, com magnitudes que atingiram até 6,6 graus na escala Richter. A maioria dos abalos quase sempre é imperceptível, pois suas intensidades são baixas. Inegavelmente, é importante ressaltar que há registro de abalos sísmicos em toda semana no Brasil.
O primeiro grande estudo sobre terremotos no Brasil ocorreu por conta do Imperador D. Pedro II. Em uma tarde no Palácio em Petrópolis, o monarca sentiu a terra tremer sob seus pés e assustou-se com o fenômeno. Curioso sobre a situação, D. Pedro II quis saber mais sobre a causa do fenômeno e chamou o barão de Capanema para entender a situação. Formado em engenharia, o barão Guilherme Schüch então fez um estudo e publicou o primeiro artigo científico sobre esse tema no Brasil.
- Mato Grosso (1955) – 6,6 graus na escala Richter
- Espírito Santo (1955) – 6,3
- Rio Grande do Norte (1980) – 5,1
- Ceará (1980) – 5,2
- Minas Gerais (2007) – 4.9
- Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo (2008) – 5,2
<span”>Qual o terremoto mais forte no Brasil?
Em janeiro de 1955, a Serra do Trombador, no Mato Grosso, detectou um terremoto de 6,6 graus na escala Richter, o maior registrado na história do Brasil. O abalo ocorrido em região muito pouco habitada, o que não ocasionou em mortes nem em danos materiais.
<span”>O que causa o terremoto?
<span”>Os terremotos acontecem quando as placas tectônicas (blocos enormes de rocha na superfície da Terra) se movem ou chocam. O movimento delas é constante pois as placas ficam em cima do magma, líquido incandescente proveniente do centro do planeta.
<span”>No mundo, existem cerca de 52 placas tectônicas. Assim como a América do Sul, o Brasil localiza-se sobre a Placa Sul-Americana. Como país fica em cima do centro dessa rocha, a incidência de abalos sísmicos é fraca e reduzida. Terremotos com mais de 7 graus de intensidade são muito raros ou quase impossíveis no Brasil, pois eles são mais frequentes em locais próximos a zonas de convergência entre duas ou mais placas tectônicas.