Startups brasileiras já receberam R$ 10,1 bilhões em 2021
Valor já é R$ 6,9 bilhões maior do que o registrado no mesmo período do ano passado; startups de finanças lideram o ranking
O Brasil pode estar enfrentando uma persistência da crise causada pelo novo coronavírus em 2021, mas não para as startups brasileiras. Afinal, as empresas desse tipo, que são principalmente conhecidas pela inovação e tecnologia bem próxima ao seus serviços, receberam um total de R$ 10,1 bilhões de aportes entre janeiro e abril deste ano.
O número, que foi revelado nesta terça-feira, 10, pela plataforma de dados Sling Hub, é R$ 6,9 bilhões maior do que no mesmo período do ano passado. Ainda de acordo com o levantamento, foram feitas 209 rodadas de investimentos. Apenas no mês de março, o melhor do ano, foram feitos 57 investimentos, no total de R$ 4,9 bilhões.
Divisão das startups
Enquanto isso, pensando na divisão geral entre os segmentos das startups brasileiras, as fintechs abocanharam 25,5% desse bolo de mais de R$ 10 bilhões de investimento. A startups de saúde, conhecidas como healthtechs, ficaram em segundo lugar, bem abaixo do que foi registrado pelas empresas financeiras, com 9,8% desse bolo.
As startups de educação, varejo e de seguros conquistaram, cada uma, a fatia de 7,8%. O restante dos investimentos, no total de 41,2%, foi distribuído entre outros setores. Vale lembrar que a startup de imóveis Loft, que não se encaixa em nenhuma dessas outras classificações anteriores, foi a que recebeu o maior aporte, de US$ 425 milhões.
Já com a medalha de prata ficou a startup de finanças Warren, que recebeu um investimento de R$ 300 milhões, em uma rodada série C, pelo fundo soberano de Cingapura (GIC). Já a Cora, startup também de finanças especializada nas pequenas e médias empresas, também recebeu um bom aporte no ano: R$ 150 milhões em uma rodada série A.
Por fim, a Sling Hub também chama a atenção para as fusões e aquisições de startups no Brasil. Em abril, foram 29 operações do tipo concretizadas, movimentando cerca de R$ 720 milhões. A Magazine Luiza liderou o ranking com certa folga. Fez seis aquisições no ano, comprando startups como SmartHint, Steal the Look e Jovem Nerd.