Carlinhos Cachoeira: Sessão para ouvir bicheiro durou duas horas e meia
BRASÍLIA – Parlamentares aprovaram suspensão proposta por Kátia Abreu
#2013 A sessão para ouvir o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, durou duas horas e meia, tempo em que o empresário permaneceu praticamente calado. Diante do silêncio de Cachoeira, personagem central de investigação realizada pela Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo sobre esquema de jogos ilegais em Goiás, o constrangimento dos integrantes da comissão era evidente.
Os parlamentares aprovaram, então, requerimento da senadora Kátia Abreu (PSD-TO) para que a sessão fosse suspensa.
Ao atender nesta terça-feira (22) à convocação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Carlinhos Cachoeira, o empresário decidiu não responder às perguntas dos integrantes da comissão orientado por seus advogados. Ele alegou que estava respondendo a uma investigação na Justiça e, por isso, se reservava ao direito de ficar calado.
“Estou aqui como manda a lei para responder o que for necessário. Constitucionalmente, fui advertido por meus advogados para não dizer nada e não falarei nada aqui. Somente depois da audiência que eu terei com o juiz, se eu, porventura, achar que eu devo contribuir, eu virei aqui para falar”, disse Carlinhos Cachoeira.
Conforme página sobre seu caso, “em 29 de fevereiro de 2012, Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, operação que desarticulou a organização que explorava máquinas de caça-níquel no Estado de Goiás por 17 anos. Escutas da operação acabaram atingindo diretamente o senador da república Demóstenes Torres (DEM-GO), em conversas sobre dinheiro supostamente fruto de propina. Indiretamente, as investigações da PF atingiram também as administrações dos governos de Agnelo Queiroz (PT-DF) e Marconi Perillo (PSDB-GO).”