Plataforma de impacto social contrata recrutadoras mães
Fundada em junho de 2017, a startup Kunla possibilita que mulheres atuem como recrutadoras de profissionais dentro de suas comunidades.
SÃO PAULO – Com foco em regiões onde há grande desigualdade social na Grande São Paulo, a plataforma on-line Kunla permite que mães – que cuidam de crianças de até quatro anos – trabalhem de forma autônoma dentro de suas comunidades como recrutadoras de profissionais. Fundada por Marcelino Badin e Leonardo Carneiro, em junho de 2017, a startup de cunho social oferece uma plataforma on-line onde micro e pequenas empresas podem anunciar vagas de emprego operacionais , como por exemplo faxineiros e zeladores. A partir disso, as mães cadastradas no sistema assumem o papel como recrutadoras de possíveis candidatos à vaga. Ou seja, por meio de seu círculo social e contatos dentro da comunidade em que vivem, as agentes indicam pessoas que consideram adequadas ao perfil do cargo anunciado. Por ora, a plataforma funciona apenas para o anúncio de vagas; o envio de currículo e contato entre as partes, por sua vez, é feito via WhatsApp ou e-mail. A distribuição dos anúncios das vagas é feita por Badin, tendo em vista o critério de proximidade entre a empresa e a residência do candidato. “Cada recrutadora pode enviar no máximo três currículos para a oportunidade de emprego. Caso aconteça a contratação, são cobrados R$ 250 da empresa e a recrutadora ganha R$ 150” , diz o empreendedor.
Recrutadoras atualmente
Atualmente, o sistema registra entre 600 e 700 agentes e 200 vagas anunciadas, segundo Badin. Para 2018, o empreendedor afirma que vai finalizar o desenvolvimento completo da plataforma. Desse modo, o contato entre as partes pode ser feito diretamente pelo sistema. Além disso, Badin diz que, embora atenda também empresas de grande porte, negócios pequenos apresentam maior agilidade na hora da negociação do contrato e recebimento do dinheiro . Atualmente, a startup está sendo acelerada pelo Facebook e pela aceleradora de impacto social Artemisia, na Estação Hack, localizada na Avenida Paulista, em São Paulo. O programa de fomento não investiu dinheiro na iniciativa, apenas fornece a estrutura física do local e mentorias para a equipe.