Wall Street: conheça a história do centro financeiro de NY

Wall Street provavelmente é uma das ruas mais conhecidas em todo o mundo. Grande parte de sua fama vem da referência em diversos produtos da cultura pop e de sua importância na economia mundial. Conheça a história de um dos locais mais importantes do capitalismo moderno

Wall Street provavelmente é uma das ruas mais conhecidas em todo o mundo. Grande parte de sua fama vem da referência em diversos produtos da cultura pop e de sua importância na economia mundial. Mas você conhece a história deste local?

Saiba abaixo o que é Wall Street e conheça sua história:

A origem de Wall Street

Quadro retrata a posse do primeiro presidente americano, george washington
George washington, primeiro presidente dos estados unidos, tomou posse em uma sacada em wall street. Fonte: wikipédia

Muito especula-se sobre a origem do nome Wall Street (Rua do Paredão), contudo existem duas teorias aceitas para sua criação. A primeira delas entende que o nome surgiu de uma maneira bem ‘literal’, pois os holandeses de Nova Amsterdã  construíram uma parede para proteger o assentamento contra invasões do povo nativo-americano. 

Outra teoria também aceita é que o nome da rua surgiu do termo “de Waal Straat”, o nome dado pelos holandeses ao local nos EUA. Surpreendentemente, neste caso, o termo holandês significa ‘Rua dos Valões’, um grupo étnico de origens latinas e celtas da  Bélgica.

A dúvida sobre as origens do nome de Wall Street ocorre, porque alguns mapas da época nomeavam o local com o termo holandês “Wal”. No caso desta grafia, estava mantido o significado de paredão ou muralha.

De toda forma, Nova Amsterdã tornou-se território dos ingleses, foi renomeada para Nova Iorque em 1674 e presenciou alguns dos eventos mais importantes da história dos Estados Unidos. Inclusive, a posse de George Washington como primeiro presidente dos EUA aconteceu em Wall Street no ano de 1789; seis anos após o fim da Guerra de Independência dos Estados Unidos.

Como se tornou a meca dos investidores?

Como Nova York foi a capital dos Estados Unidos entre 1785 e 1790, o comércio da cidade acabou fortalecido desde os primórdios da democracia do país. Diversos comerciantes negociavam commodities como tabaco e trigo em Wall Street; títulos imobiliários e escravos também faziam parte das negociações na rua mais famosa do mercado.

No meio dessa economia efervescente do final do Século XVIII, traders e especuladores encontravam-se próximos a uma árvore em Wall Street para negociar seus títulos comerciais. Como resultado da ocorrência de leilões manipulados, 24 corretores decidiram assinar um acordo para regulamentar as negociações com uma estrutura de comissões mais bem definida. Conhecido como Tratado de Buttonwood, este acordo realizado em 1792 marca o nascimento da Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE).

Nesta época, as ações negociadas eram ligadas ao Governo; First Bank of the United States e Bank of North America eram algumas das instituições financeiras que inauguraram o leilão de ações na NYSE. 

Desde então, a bolsa de valores passou por muitos altos e baixos – notadamente em períodos como a Grande Depressão e a Crise Financeira de 2008 -, mas ainda é a maior referência mundial no mercado de ações e em toda a economia mundial. Atualmente, estima-se que a Bolsa localizada em Wall Street movimenta cerca de US$ 1,5 trilhão todos os meses; dando à NYSE o posto de maior bolsa de valores do mundo.

Wall Street na cultura pop

Como resultado de seu impacto em toda a economia – e por ser um dos maiores símbolos do capitalismo -, era óbvio que o local se tornaria um dos mais citados em obras importantes e/ou relevantes na cultura pop.

Um dos exemplos mais marcantes deste impacto é o filme “O Lobo de Wall Street” (2013), obra do cineasta Martin Scorsese que explora e satiriza o ambiente da rua através da história real do investidor Jordan Belfort (preso por aplicar golpes em mais de 1500 investidores).

Contudo, os ecos de Wall Street na cultura podem ser datados de 1853, quando o autor Herman Melville lançou o conto “Bartleby, o Escrivão”, originalmente intitulado “Bartleby, the Scrivener: A Story of Wall Street”. Na obra do autor de Moby Dick, o narrador é um advogado que ajuda homens ricos a organizarem hipotecas e títulos de propriedade.

Certamente, obras como essas ajudaram a consolidar o status de Wall Street como um dos grandes centros de riqueza do mundo contemporâneo. 

Por que o Touro é o símbolo deste local?

O charging bull e um dos principais simbolos de wall street
O charging bull é um dos principais símbolos de wall street. Fonte: pixabay

Se você já parou para ver fotos de Wall Street, provavelmente já se deparou com a imagem de uma estátua de bronze representando um touro. Instalada na rua em 1989, Arturo di Modica criou a obra como uma espécie de homenagem à força econômica dos Estados Unidos.

Além de demonstrar força, a figura bovina conhecida como Charging Bull também atua como uma metáfora para a alta do mercado acionário, pois o ataque de um touro parte de baixo para cima; assim como o crescimento de ações.

Certamente, a estátua muito bem recebida, afinal tornou-se um cartão postal da região e ajudou a criar o termo “bull market”, que indica um momento de otimismo dos investidores.

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