Dezenas de sarcófagos intactos são descobertos no Egito
Arqueólogos desenterraram dezenas de caixões antigos em uma necrópole ao sul do Cairo. Segundo as autoridades, mais sarcófagos poderão ser desenterrados. Essa é uma das maiores descobertas do país em anos.
O Egito revelou no sábado (03) uma coleção de 59 sarcófagos intactos desenterrados na antiga necrópole de Saqqara.
Contudo, as autoridades disseram que esperam encontrar e exumar mais algumas dezenas do cemitério usado pelos habitantes de Memphis, a antiga capital.
Os sarcófagos de madeira datam da 26ª dinastia, há mais de 2.500 anos. Assim, a maioria dos caixões inclui múmias de padres e altos funcionários, disse o ministro das Antiguidades, Khaled El-Anany.
De acordo com Anany, “este não é o fim da descoberta – é apenas o começo”.
Saqqara, um patrimônio mundial da UNESCO, fica a cerca de 32 quilômetros ao sul do Cairo.
Sarcófagos intactos são descobertos
Os sarcófagos, muitos dos quais pintados, são inscritos com hieróglifos. Eles foram encontrados intactos, e os restauradores abriram dois deles enquanto os repórteres se acotovelavam para ver as múmias.
“Depois de remover a tampa, descobrimos que as duas múmias trazem o nome e o título da família”, acrescentou El-Anany.
Os caixões, empilhados uns sobre os outros, foram escavados em três túmulos com 11, 12 e 13 metros de profundidade, informaram as autoridades.
Porém, eles terão sua transferência feita para o Grande Museu Egípcio, um megaprojeto perto das pirâmides de Gizé que terá sua inauguração no próximo ano.
De acordo com os arqueólogos, eles também encontraram uma coleção de artefatos e objetos nos túmulos. Além de uma estatueta de bronze de 35 centímetros de altura do deus Nefertum e uma estátua de Ptah-Soker, o principal deus Saqqara.
“Não tivemos a chance de anunciar uma descoberta desde março por causa das restrições do covid-19. Mas lutamos contra essas condições e trabalhamos mais desde agosto para cavar e descobrir mais segredos desta grande civilização”, disse El-Anany .
A última descoberta do Egito é ainda maior que a de 2019, em que encontraram 30 caixões de madeira na cidade de Luxor, no sul. Essa foi descrita na época como a maior descoberta do país em anos.
O país abriu suas atrações turísticas em julho, após um fechamento de quatro meses devido à pandemia, enquanto busca atrair turistas de volta e resgatar uma indústria vital que responde a 15% da economia egípcia.