Parlamento Europeu votará se uma salsicha vegetariana é realmente uma salsicha
Um grupo de agricultores espera que seja aprovado um projeto de lei que proíbe os produtos vegetarianos de serem chamados de salsichas ou hambúrgueres.
Uma salsicha vegetariana é uma salsicha? É isso que o Parlamento Europeu vai votar esta semana.
Um grupo de agricultores espera que um projeto de lei que proíbe os produtos vegetarianos de serem chamados de salsichas ou hambúrgueres receba a aprovação.
De acordo com eles, a medida é necessária para evitar que as pessoas pensem que os produtos contêm carne.
Mas ambientalistas e profissionais médicos acreditam que tal proibição seria um retrocesso.
O vegetarianismo cresceu em popularidade nos últimos anos, com produtos vegetarianos e veganos se tornando cada vez mais comuns nas lojas e nos cardápios dos restaurantes.
Frequentemente, está à venda nos supermercados os hambúrgueres vegetarianos ou veganos . Contudo, isso é algo que os agricultores desejam que seja alterado.
A polêmica da salsicha vegetariana
De acordo com as emendas propostas a um projeto de lei agrícola, certos termos como hambúrguer e salsicha só poderiam estar em itens que realmente contenham carne.
Isso significaria o fim dos hambúrgueres vegetarianos ou salsichas vegetarianas nos menus e nas embalagens.
Além disso, bife, schnitzel, hambúrguer, escalope e salsicha também não poderiam usar a denominação, a menos que o produto vendido contivesse carne.
Termos como “leite de soja” e “queijo vegano” foram proibidos na União Europeia há três anos, depois que seu tribunal decidiu que termos como leite e queijo não podiam ser usados para produtos não lácteos.
Mas essas novas emendas levariam isso um passo adiante, proibindo os fabricantes de comparar alimentos de origem vegetal com laticínios com palavras como “estilo” e “gosto”.
Isso significaria o fim de descrições de itens como “semelhantes a queijo” ou “semelhantes a iogurte” nas prateleiras dos supermercados.
Propostas em votação
A European Medical Association classificou as propostas como “desproporcionais e fora de sintonia com o clima atual”.
As emendas estão sendo discutidas como parte de um debate de reformas agrícolas mais amplas, com os resultados de uma votação esperados nesta quarta-feira (21).
Se o projeto receber a aprovação com as emendas propostas, não entrará em vigor imediatamente. Em vez disso, sua implementação terá que entrar em negociação com os 27 estados membros da UE.