Japão declara príncipe Akishino como herdeiro do trono
O Japão declarou formalmente o príncipe Akishino como herdeiro do trono no último domingo (08).
O Japão declarou formalmente o príncipe Akishino como herdeiro do trono no domingo (08). O irmão mais velho de Akishino, o imperador Naruhito, se tornou monarca no ano passado, após a abdicação de seu pai.
As cerimônias que duraram um dia aconteceram na residência real, o Palácio Imperial de Tóquio. Além do imperador e da imperatriz, vários outros membros da família real compareceram às cerimônias. Assim como o primeiro-ministro Yoshihide Suga e os representantes de embaixadas estrangeiras.
“Eu pondero profundamente sobre a responsabilidade do príncipe herdeiro e cumprirei minhas obrigações”, disse Akishino na frente dos participantes, a maioria deles usando máscaras.
O evento incluiu o rito tradicional de herança de uma “espada guardiã” para o príncipe herdeiro. O imperador Naruhito entregou a espada a Akishino, simbolizando a decisão do próximo sucessor ao trono.
Príncipe Akishino é herdeiro do trono no Japão
Akishino, 54 anos, agora é o primeiro na linha de sucessão ao trono. Ele é um dos três herdeiros no total, os outros sendo seu filho de 14 anos, Hisahito, e o irmão mais novo de Akihito, o príncipe Hitachi de 84 anos.
De acordo com a lei japonesa, apenas os homens podem herdar o trono. Portanto, a única filha de Naruhito, a princesa Aiko, de 18 anos, não é elegível.
Contudo, nem sempre foi assim; as imperatrizes governaram o Japão várias vezes ao longo de vários séculos. Mas, à medida que o Japão se modernizou, os líderes mudaram o papel do imperador e estabeleceram uma sucessão exclusivamente masculina.
Nas últimas décadas, houve um debate para introduzir uma legislação que permitisse às mulheres ascender ao trono. Mas o nascimento de Hisahito – o primeiro herdeiro masculino nascido em 40 anos – pôs fim a essa discussão.
Sucessão japonesa
A lei de sucessão do Japão ganhou atenção nacional novamente em 2018 depois que a princesa Ayako se casou com um cidadão comum – uma mudança que a forçou a renunciar a seu status real e mesada. Contudo, a mesma regra não se aplica a membros masculinos da família real.
Mudanças na lei são um anátema para os conservadores, mas o debate sobre como garantir uma sucessão estável deve se intensificar.
Uma opção é permitir que as mulheres mantenham seu status imperial após o casamento e herdem ou passem o trono para seus filhos, uma mudança que a maioria dos cidadãos japoneses comuns favorecem, de acordo com pesquisas.
Dentro da família real imediata, esta opção se aplicaria à princesa Aiko e às duas irmãs mais velhas de Hisahito.