Pandemia pode acabar em dois anos, diz chefe da OMS
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que espera que a pandemia do coronavírus termine em menos de dois anos.
A pandemia pode acabar em dois anos, segundo o chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesu.
Na última sexta-feira (21), ele deu uma entrevista em Genebra e relembrou que a gripe espanhola de 1918 levou dois anos para acabar. Porém, ele acrescentou que os atuais avanços na tecnologia podem permitir ao mundo deter o vírus “em menos tempo”.
Pandemia pode acabar em dois anos
Contudo, Tedros argumentou que “com mais conectividade, o vírus tem uma chance melhor de se espalhar”.
“Mas, ao mesmo tempo, temos também a tecnologia e conhecimento para detê-lo ”, argumentou Tedros. Assim, a pandemia pode acabar mais cedo do que o esperado.
A gripe mortal de 1918 matou pelo menos 50 milhões de pessoas. O coronavírus já matou quase 800.000 pessoas e infectou mais 22,7 milhões.
Roubo de equipamentos
O Dr. Tedros também respondeu a uma pergunta sobre corrupção relacionada a equipamentos de proteção individual (EPI) durante a pandemia, que ele descreveu como “criminosa”.
De acordo com Tedros, “Qualquer tipo de corrupção é inaceitável. Porém, corrupção relacionada ao EPI para mim é na verdade assassinato. Porque se os trabalhadores da saúde trabalharem sem EPI, estaremos arriscando suas vidas. E isso também põe em risco a vida das pessoas a quem servem”.
Embora a questão esteja relacionada a alegações de corrupção na África do Sul, vários países enfrentaram problemas semelhantes.
Segunda onda de coronavírus pelo mundo
Na sexta-feira, vários países anunciaram o maior número de novos casos em meses. A Coréia do Sul registrou 324 novos casos – o maior número em um único dia desde março.
Assim como aconteceu com o surto anterior, as novas infecções foram associadas a aberturas de igrejas, museus, discotecas e bares de karaokê . Atualmente, esses lugares estão fechados na capital Seul.
Além disso, vários países europeus também estão vendo aumentos no números de casos. A Polônia e a Eslováquia anunciaram o recorde de novas infecções diárias na sexta-feira, com 903 e 123 casos, respectivamente. Assim também a Espanha e a França viram aumentos de casos nos últimos dias.
No Líbano, um bloqueio parcial de duas semanas – incluindo um toque de recolher noturno – entrou em vigor quando o país teve o maior número de casos desde o início da pandemia.
As infecções no Líbano dobraram desde que uma explosão na capital, Beirute, matou pelo menos 178 pessoas em 4 de agosto.