Trump escolhe a juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte
Trump nomeou a juíza conversadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte Americana. Juíza é contra o aborto e a favor da expansão de vendas de armas. Senado ainda pode barrar nomeação.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou a juíza conservadora Amy Coney Barrett para ser a nova juíza da Suprema Corte.
Falando ao lado dela no White House Rose Garden, Trump a descreveu como uma “mulher de realizações incomparáveis”.
Assim, se confirmado pelos senadores, Barrett substituirá a juíza liberal Ruth Bader Ginsburg, que morreu recentemente, aos 87 anos.
Mas, a nomeação vai desencadear uma dura disputa de confirmação no Senado à medida que a eleição presidencial de novembro se aproxima.
Anunciando a juíza Barrett no sábado (26), o presidente Trump a descreveu como uma “acadêmica e juíza estelar” com “lealdade inflexível à constituição”.
Contudo, o candidato democrata à presidência, Joe Biden, pediu ao Senado que “não tome medidas sobre esta vaga até que o povo americano selecione seu próximo presidente e o próximo Congresso”.
“A Constituição dos EUA foi projetada para dar aos eleitores uma chance de ter sua voz ouvida sobre quem faz parte do Tribunal. Esse momento é agora e devemos ouvir a sua voz”, disse ele.
Se Barrett receber a confirmação do Senado, os juízes de tendência conservadora terão uma maioria de 6-3 na Suprema Corte em um futuro próximo.
A juíza de 48 anos seria a terceira juíza nomeada pelo atual presidente republicano, depois de Neil Gorsuch em 2017 e Brett Kavanaugh em 2018.
Os nove juízes do tribunal têm cargos vitalícios e suas decisões podem moldar políticas públicas em tudo, desde armas e direitos de voto até aborto e financiamento de campanhas por décadas.
Quem é a juíza conservadora Amy Coney Barret?
Depois de se formar na Faculdade de Direito da Universidade Notre Dame em Indiana, a juíza conservadora Amy Coney Barrett trabalhou para o falecido juiz Antonin Scalia. Em 2017, ela recebeu a indicação de Trump para o Tribunal de Apelações do 7º Circuito de Chicago.
Barret é descrita como uma católica devota que, de acordo com um artigo de revista de 2013, disse que “a vida começa na concepção”. Dessa forma, ela se torna a favorita entre os conservadores religiosos ansiosos para derrubar a decisão da Suprema Corte de 1973 que legalizou o aborto em todo o país.
Grupos LGBT criticaram sua filiação a um grupo católico conservador cuja rede de escolas tem diretrizes que afirmam que as relações sexuais só devem acontecer entre casais heterossexuais.
Além disso, a juíza conservadora Barret decidiu a favor das políticas de imigração de linha dura do presidente Trump. Bem como expressou opiniões a favor dos direitos de compras de armas.