Congresso peruano vota pelo impeachment do presidente Martín Vizcarra
O Congresso do Peru votou pelo impeachment do presidente Martin Vizcarra devido a alegações de suborno.
O Congresso do Peru votou pelo impeachment do presidente Martin Vizcarra. As alegações foram de que ele entregou contratos com o governo em troca de subornos.
Vizcarra disse que aceitaria a votação, não iniciaria qualquer ação legal e deixaria o palácio presidencial.
Assim, espera-se que Manuel Merino, o presidente do Congresso, assuma a presidência até julho de 2021 – quando o mandato de Vizcarra terminaria.
Essa é a segunda tentativa nos últimos dois meses de destituir o presidente.
Vizcarra negou anteriormente as acusações de que ele aceitou subornos no valor de 2,3 milhões de soles ($ 640.000) quando ele era governador da região sul de Moquegua.
Antes da votação, ele também alertou que qualquer impeachment poderia lançar o país em turbulência, uma vez que este enfrenta uma severa recessão econômica provocada pela pandemia do coronavírus.
Mas na segunda-feira (09), 105 legisladores votaram a favor da moção – 19 votaram contra e outros quatro se abstiveram.
Além disso, vários legisladores simpatizantes de Vizcarra se manifestaram contra a decisão.
“Este é um golpe disfarçado. Precisamos de calma, mas também de muita vigilância do cidadão”, disse George Forsyth, um ex-prefeito que disputará a corrida presidencial do próximo ano.
Impeachment do presidente Martín Vizcarra
O processo de impeachment, há dois meses, centrou-se nas alegações de que Vizcarra fez mau uso de fundos públicos, o que ele negou.
Vizcarra se tornou presidente em março de 2018, depois que seu antecessor no cargo, Pedro Pablo Kuczynski, renunciou em meio a alegações de compra de votos.
Ele está envolvido em uma batalha acirrada com o Congresso, dominado por partidos rivais, desde que assumiu o cargo.
No ano passado, o presidente dissolveu o Congresso, argumentando que os legisladores estavam obstruindo sua agenda anticorrupção.
Um novo Congresso foi eleito em janeiro, mas a tensão continua alta entre o legislativo e o executivo, com Vizcarra acusando legisladores de promover “caos e desordem”.
As eleições presidenciais estão marcadas para abril de 2021 e Vizcarra está proibido pela constituição de concorrer a um segundo mandato.