Hackers russos queriam interromper Jogos Olímpicos de Tóquio, diz Reino Unido
De acordo com as autoridades britânicas, hackers russos tinham a intenção de interromper os Jogos Olímpicos deste ano em Tóquio. Grupo também é acusado de realizar interferências em eleições e Jogos Olímpicos de Inverno.
De acordo com as autoridades britânicas, hackers russos tinham a intenção de interromper os Jogos Olímpicos deste ano em Tóquio.
O Ministério das Relações Exteriores disse que a inteligência militar russa GRU realizou “reconhecimento cibernético” contra autoridades e organizações envolvidas.
Dessa forma, os supostos ataques ocorreram antes dos Jogos serem adiados para 2021 por causa da pandemia do coronavírus.
Contudo, as autoridades não especificaram a natureza ou extensão dos ataques cibernéticos em detalhes.
Ao mesmo tempo, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou acusações contra seis oficiais russos do GRU por supostos ataques cibernéticos que servem “ao benefício estratégico da Rússia”.
Ataques feitos por hackers russos
O grupo tentou atrapalhar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, as eleições presidenciais francesas de 2017 e a rede elétrica da Ucrânia, disseram os promotores dos EUA.
“Nenhum país armou suas capacidades cibernéticas de forma tão maliciosa ou irresponsável quanto a Rússia”, disse o procurador-geral adjunto John Demers em uma coletiva de imprensa. Além disso, esta é a “série mais perturbadora e destrutiva de ataques de computador já atribuídos a um único grupo”.
De acordo com o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, os ataques dirigidos aos organizadores, patrocinadores e fornecedores de logística dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio foram “cínicos e imprudentes”.
“Nós os condenamos nos termos mais fortes possíveis”, disse ele. “O Reino Unido continuará a trabalhar com nossos aliados para alertar e conter futuros ataques cibernéticos maliciosos”.
Autoridades do Ministério das Relações Exteriores também revelaram detalhes do ataque aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Na ocasião, a operação foi uma “bandeira falsa” – projetada para parecer que vinha da Coreia do Norte ou da China, disseram.
A operação dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 teria como objetivo a cerimônia de abertura. Eles visaram emissoras, oficiais, patrocinadores e até mesmo um resort de esqui.