Google e racismo: mais uma funcionária negra demitida e novas acusações graves

Segunda funcionária negra a ser demitida no Google faz acusações de racismo e assédio que sofreu dentro da empresa.

Ao que parece, o tema Google e racismo está longe de ter um final.

Na segunda-feira (21), Christina Curley, uma recrutadora de diversidade do Google, anunciou no Twitter que havia sido demitida em setembro.

Ela começou no Google em 2014, ajudou a empresa a melhorar seu relacionamento com faculdades e universidades historicamente negras. 

Além disso, antes de aceitar o emprego, Curley twittou que a empresa não havia “contratado um único aluno dessas universidades para uma função de tecnologia”.

A saída de Curley do Google é a segunda disputa pública este mês entre a liderança da empresa e as mulheres negras que celembram o sucesso na área de tecnologia.

 

Google e racismo
Imagem: reprodução / istock

Google e racismo

As acusações de Curley sobre a empresa foram bem amplas. 

Ela alegou no Twitter que durante seu tempo no Google lhe negaram várias promoções. Bem como esteve de forma obrigatória em planos de melhoria de desempenho e teve sua remuneração reduzida.

Além disso, Curley disse que já ouviu gritos, foi excluída de reuniões e nunca a aceitaram para as funções de liderança.

Outra denúncia foram as de assédios por parte dos gerentes, inclusive sendo informada de que seu sotaque de Baltimore era uma deficiência que ela precisava melhorar.

Curley ainda alegou que uma vez outro gerente perguntou com qual dos meus companheiros de equipe ela dormiria.

Contudo, até o momento, o Google recusou comentar as alegações de racismo e preconceito dentro da empresa.

 

Acusações de racismo

No início de dezembro, uma das principais executivas do Google, Timnit Gebru – uma cientista pesquisadora altamente respeitada, conhecida por sua defesa do aumento da diversidade na indústria de tecnologia – disse que também recebeu sua demissão. 

A saída de Gebru, que atuava como co-líder da Equipe de Inteligência Artificial Ética da empresa, veio depois que ela enviou um e-mail para os colegas dizendo que a empresa a havia forçado a retirar um artigo sobre ética.

O artigo envolvia sistemas de inteligência artificial usados ​​para entender idiomas, incluindo aquele que alimenta o mecanismo de pesquisa do Google .

Contudo, o chefe de pesquisa da empresa disse que Gebru havia renunciado.

Fonte NBC
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