França lança estímulo de 100 bilhões de euros para reanimar a economia
A França está injetando mais dinheiro público em sua economia do que qualquer outro grande país europeu, dizem as autoridades.
A fim de reanimar a economia, o governo francês detalhou nesta quinta-feira (3) seu plano de estímulo de 100 bilhões de euros.
Em suma, o objetivo é apagar o impacto econômico da crise do coronavírus em dois anos. Para isso, alinharão bilhões de euros em investimentos públicos, subsídios e cortes de impostos.
De acordo com as autoridades, o plano prevê em particular 35 bilhões de euros para tornar a segunda maior economia da zona do euro mais competitiva. Além de 30 bilhões para energias mais ecológicas e 25 bilhões para apoiar empregos.
Com o plano correspondendo a 4% do produto interno bruto, a França está injetando mais dinheiro público em sua economia do que qualquer outro grande país europeu como porcentagem do PIB, disse uma das autoridades.
Plano francês para reanimar a economia
O governo do presidente Emmanuel Macron aposta no plano de até 2022 retornar a economia aos níveis anteriores à crise. Neste ano, o país sofreu o que o Ministério das Finanças espera ser a pior recessão do pós-guerra, com uma contração de 11%.
Além disso, o plano também visa colocar a iniciativa pró-negócios de Macron de volta aos trilhos com cortes já marcados nos impostos sobre empresas no valor de 10 bilhões de euros anuais. Bem como novos fundos públicos para impulsionar os setores industriais, de construção e de transporte da França.
De acordo com as autoridades, o setor de transporte receberá 11 bilhões de euros, com 4,7 bilhões voltados para a rede ferroviária em particular. Enquanto as renovações de edifícios com eficiência energética receberão estímulos com 4 bilhões de euros para edifícios públicos e 2 bilhões para residências.
A indústria do hidrogênio obterá 2 bilhões de euros ao longo dos dois anos do plano de estímulo.
Outros 1 bilhão de euros serão para ajuda direta para projetos industriais. Desse valor, 600 milhões de euros serão para ajudar as empresas a realocar fábricas no exterior de volta à França.
Cerca de 80 bilhões de euros do custo total do plano pesarão diretamente no déficit orçamentário, com os subsídios da UE compensando 40 bilhões de euros, disseram as autoridades.