EUA não fará parte da aliança para vacina contra o coronavírus liderada pela OMS
O governo Trump disse que os Estados Unidos não farão parte da aliança COVAX liderada pela OMS, que visa desenvolver e distribuir em massa qualquer vacina potencial contra o coronavírus.
Os EUA não se juntarão a uma aliança para vacina contra o coronavírus com liderança da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa aliança é um esforço internacional para desenvolver e distribuir uma vacinação contra o coronavírus.
De acordo com as autoridades americanas, os EUA não querem sofrer restrições por grupos multilaterais como a OMS.
“Os EUA continuarão a se envolver em parcerias internacionais para garantir a derrota desse vírus. Mas, não seremos limitados por organizações multilaterais influenciadas pela corrupta OMS e pela China”, afirmou o porta-voz da Casa Branca Judd Deere.
De acordo com o porta-voz, “O presidente não poupará despesas para garantir que qualquer nova vacina mantenha o padrão ouro de nossa própria Food and Drug Administration”.
Aliança para vacina contra o coronavírus
Enquanto alguns países fecham acordos bilaterais para garantir o fornecimento de potenciais vacinas, um grande esforço cooperativo se iniciou com mais de 150 países sob a liderança da OMS. Além disso, a aliança contará com o apoio da Coalizão para Inovações de Preparação para Epidemias e da Gavi (também outra aliança para vacina).
O Covid-19 Vaccines Global Access Facility, ou COVAX, recebeu o apoio de aliados tradicionais dos EUA, incluindo Japão, União Europeia e Alemanha.
A iniciativa permitirá que os membros tenham acesso a uma variedade de vacinas em potencial, de modo que maior parte do mundo possa recebe-la.
Abordagem míope da pandemia
Os críticos expressaram preocupação com a decisão dos EUA de se afastar da aliança para vacina, chamando-a de “visão curta” em face de uma pandemia global.
“Associar-se à COVAX é uma medida simples para garantir o acesso dos EUA a uma vacina – não importa quem a desenvolva primeiro”, tuitou a representante americana Ami Bera, do estado da Califórnia, que também é médica.
De acordo com Bera, “essa abordagem autônoma deixa a América em risco de não receber uma vacina”.
A outra grande possibilidade é que os Estados Unidos desenvolvam sua vacina, mas a acumulem para vacinar os cidadãos.
Contudo, isso deixaria o país vulnerável a casos importados do vírus e afetaria fortemente a economia dos EUA se a economia global não se recuperar.