Eleições dos EUA: vitória pode definir relação comercial com o Brasil?

Muito mais que a vitória nas urnas das Eleições dos EUA, relação comercial entre Brasil e Estados Unidos irá depender da recuperação de ambos devido a crise provocada pela pandemia do coronavírus.

Será que a definição do próximo presidente americano nesta terça-feira (3) pode afetar diretamente o Brasil?  A vitória do democrata, Joe Biden ou do republicano, Donals Trump nas eleições dos EUA pode ter implicações a curto prazo nas relações comerciais entre o país norte-americano e o brasileiro, mas não garante a melhora absoluta do trato comercial entre os dois países. Apesar da preferência já declarada do presidente Jair Bolsonaro pelo candidato republicano, Donald Trump, a maioria dos brasileiros que moram nos EUA votam ou preferem o democrata Joe Biden. 

Eleições dos EUA interfere em que na relação com o Brasil?

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Contudo, para que essa relação continue depende mais da pauta sobre as determinações de exportações e possíveis alinhamentos do que da política em si do país americano e, consequentemente, do resultado das eleições dos EUA. Atualmente, o aumento das condições desta parceria vai depender de como ambos países vão sair da crise instalada pela pandemia do coronavírus.

China vem ocupando espaço que antes era dos EUA

Segundo dados da balança comercial brasileira, a soma de exportações e importações entre ambos países tem se mantido entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões – fator considerado neutro, mesmo com as eleições dos EUA. O melhor resultado até hoje foi em 2014, quando somou US$62 bilhões. Os Estados Unidos ocupa o 2º lugar de principal origem de importações no Brasil e as exportações brasileiras para o país americano representam 9,7% do total.  A China vem superando os Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil, mas os EUA mantêm as principais trocas.  Em termos de matérias-primas brasileiras, como minério de ferro, proteína animal e soja, o Brasil exportou para a China cerca de 28,8% e, para os EUA, a média caiu para 12,3% . Ambas medidas relacionadas aos primeiros meses de 2020.

Muito mais que as eleições dos EUA, O fator pandemia é ainda o que preocupa o Brasil e os EUA na relação de comércio bilateral. Segundo dados divulgados pela Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil), a relação comercial dos dois caiu em nível menor do que a crise de 2009. No acumulado de janeiro a setembro, as exportações e importações entre ambos caiu 25% em relação ao mesmo período ano passado – sendo o pior resultado para os referidos meses nos últimos 11 anos.

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