Coronavírus: Hospitais italianos enfrentam situação crítica com aumento das infecções
Os hospitais italianos enfrentam situação crítica com a segunda onda do coronavírus na Europa.
Os hospitais italianos enfrentam situação crítica com a segunda onda do coronavírus.
A Itália, que chocou o mundo quando os hospitais do norte receberam inúmeros casos de coronavírus no começo do ano, está novamente frente a uma crise sistêmica. Afinal, os casos positivos ultrapassam o limiar simbólico de 1 milhão.
“Estamos muito perto de não acompanhar. Não posso dizer quando chegaremos ao limite. Mas esse dia não está longe ”, disse Cabrini. Ele dirige a unidade de terapia intensiva do hospital Circolo de Varese, o maior na província de 1 milhão de pessoas a noroeste de Milão.
Assim, o hospital expandiu sua ala de UTI com 20 leitos para 45 leitos durante o pico mortal da primavera na Itália. Contudo, já recebeu 38 pacientes no último fim de semana, e Cabrini se prepara para montar leitos em uma sala de cirurgia esta semana.
Hospitais italianos enfrentam situação crítica
A federação italiana de médicos pediu nesta semana um bloqueio nacional para evitar um colapso do sistema médicos. Além disso, o governo enfrenta críticas mais duras que na primavera, quando a crise da saúde começou.
Na quarta-feira (11), 52% dos leitos hospitalares da Itália estavam ocupados por pacientes com covid-19. Dessa forma, este número é acima do limite de alerta de 40% estabelecido pelo Ministério da Saúde.
Nove das 21 regiões e províncias autônomas do país já estão na zona de alerta vermelho, com mais de 50% de ocupações por covid-19, com Lombardia com 75%, Piemonte com 92% e Tirol do Sul com surpreendentes 99%.
Lombardia, a região mais populosa e produtiva da Itália, é novamente o epicentro da pandemia italiana, após ressurgimentos na Espanha, França e grande parte da Europa que também estão com os hospitais sob forte pressão.
Em todo o país, as hospitalizações por coronavírus aumentaram 68% de 19 a 25 de outubro, um total impressionante de 12.006 internações em sete dias. Assim, o governo italiano decidiu fechar restaurantes e bares às 18h, e fechar completamente teatros, academias e piscinas.