Covid-19 sacode a lista das cidades mais caras do mundo
As três cidades mais caras do mundo são agora Hong Kong, Zurique e Paris, de acordo com um novo relatório de custo de vida.
A última lista das cidades mais caras do mundo surpreendeu pelas novidades. Agora no topo da lista estão Hong Kong, Zurique e Paris, de acordo com um novo relatório de custo de vida.
O relatório tem como base o último índice de custo de vida mundial da The Economist Intelligence Unit, que mostra como a pandemia de coronavírus afetou os preços de bens e serviços em mais de 130 cidades em setembro de 2020.
De acordo com o relatório, o salto de Zurique e Paris para o primeiro lugar deveu-se ao fortalecimento do franco suíço e do euro.
“A pandemia de covid-19 causou o enfraquecimento do dólar americano. Enquanto isso as moedas da Europa Ocidental e do norte da Ásia se fortaleceram contra ele. O que por sua vez mudou os preços de bens e serviços”, disse Upasana Dutt, chefe de Custo de Vida Mundial do The EIU. Além disso, Nova York é a cidade base do índice.
“As cidades asiáticas têm tradicionalmente dominado as classificações nos últimos anos, mas a pandemia reformulou as classificações desta edição”.
Cingapura, que agora está em quarto lugar, viu os preços caírem devido ao êxodo de trabalhadores estrangeiros, disse o relatório.
Lista das cidades mais caras do mundo
Os preços da maioria dos bens e serviços ficaram “bastante estáveis” no ano passado. Mas certas categorias foram afetadas por causa da crise da covid-19, disse a EIU.
O custo de produtos essenciais, como alimentos e água, permaneceu “resiliente”. Contudo, a baixa demanda fez com que os preços das roupas caíssem drasticamente.
“Os problemas da cadeia de suprimentos também tiveram impactos diferentes em bens diferentes. Isso elevou o preço de produtos de alta demanda, como computadores em algumas cidades”, disse o relatório.
Dutt disse que essas tendências podem continuar em 2021, já que os gastos continuam restritos, pressionando os preços.
“Muitos consumidores preocupados com os preços priorizarão os gastos com produtos básicos, entretenimento doméstico e acesso mais rápido à internet”, disse ela. “Itens caros, assim como roupas e recreação fora de casa, continuarão a lutar”.