CEO do Twitter sobre o banir Trump: ‘foi a decisão certa’
Jack Dorsy, CEO do Twitter, usou usa conta na rede social para falar sobre a decisão de banir Trump da rede: “Não celebro e nem sinto orgulho”; Veja detalhes
Segundo Jack Dorsey, o CEO do Twitter, o banimento de Trump foi a decisão certa a se tomar no momento político que os Estados Unidos enfrentam. Em uma série de posts na rede social, Jack aproveitou para explicar que a inciativa foi tomada com base no que chamou de “melhores informações que tínhamos com base em ameaças à segurança física dentro e fora do Twitter”.
Jack também afirma que o país enfrenta uma circunstância extraordinária e insustentável, que os obrigou a investir esforços na segurança pública. Em suas palavras, “os danos off-line resultantes da fala on-line são comprovadamente reais e é isso o que impulsiona nossa política e aplicação acima de tudo”. O CEO do Twitter ainda diz que não comemora ou se orgulha da decisão de banir o presidente dos Estados Unidos.
Ainda sobre o banimento do presidente Trump, Jack Dorsey diz que proibição foi, em parte, uma falha do Twitter, que não fez o suficiente para promover um ambiente de “conversa saudável” em sua rede. O CEO acredita que o fato cria a oportunidade de reflexão sobre as operações da plataforma e o ambiente online.
A repercussão da medida contra Trump
Usuários da plataforma, líderes políticos e personalidades públicas se dividiram entre elogios e críticas pela ação contra a conta de Trump. A líder alemã Angela Merkel e o presidente do México, Andres Manuel López Obrador, por exemplo, se manifestaram contra a decisão do Twitter, embora nenhum deles seja aliado do presidente dos Estados Unidos.
Para Jack Dorsey, esse tipo de ação fragmenta o debate político e divide a sociedade, limitando a possibilidade de aprendizado. Ainda assim, a situação abre um precedente perigoso ao evidenciar o poder que um indivíduo ou empresa tem sobre uma parte das conversas públicas globais.
O Twitter não foi a única rede a banir Trump
O executivo da rede social continuo a reflexão afirmando que o Twitter é apenas uma pequena parte do debate público que ocorre na internet, e aqueles que não concordam com as suas regras, podem migrar para outros serviços da rede. As coisas se complicaram a partir do momento em que outras plataformas e redes sociais também decidiram suspender contas de Trump para evitar o risco de mensagens perigosas. Jack Dorsey nega que isso tenha sido uma ação coordenada, e diz que é provável que companhias chegaram às mesmas conclusões a partir da iniciativa dos outros.
Jack ainda afirma que o Twitter está fazendo sua parte para promover uma internet mais aberta e transparente, começando com o financiamento de um padrão aberto descentralizado para mídia social. O CEO acredita que é necessário examinar de forma crítica as inconsistências de sua política e aplicação: “Sim, precisamos ver como nosso serviço pode incentivar distração e danos. Sim, precisamos de mais transparência em nossas operações de moderação. Tudo isso não pode destruir uma internet global livre e aberta”.