Boris Johnson lança campanha antiobesidade no Reino Unido
De olho no bem-estar da população e do sistema de saúde do país, premiê britânico anuncia plano de batalha contra o sobrepeso. Uma das medidas previstas é o controle da publicidade de alimentos na televisão.
Boris Johnson lança campanha contra a obesidade no Reino Unido. A iniciativa do primeiro-ministro, anunciada nesta segunda-feira (27), foi planejada depois que os resultados de um estudo sobre a Covid-19 indicaram que pessoas obesas correm 40% mais de risco de morrer da doença.
Chamada de “Com Melhor Saúde”, a campanha tem sido considerada o maior plano voltado para o tema. A batalha ganha ainda mais força com o fato de que o próprio premiê, Boris Johnson, foi internado com Covid-19 em abril. Ele chegou a admitir que, por estar acima do peso, acabou desenvolvendo uma forma mais grave da doença.
De acordo com o jornal local Daily Express, um porta-voz do governo afirmou que a crise do Coronavírus trouxe um alerta sobre os riscos imediatos e de longo prazo causados pelo excesso de peso. “O primeiro-ministro está certo de que devemos usar este momento para ficar mais saudáveis, mais ativos e nos alimentar melhor”, disse.
Além disso, o controle da obesidade no Reino Unido tem como objetivo reduzir a pressão sobre o NHS, o serviço de saúde pública britânico.
A razão é que, hoje, quase 65% dos adultos do país estão acima do peso tido como saudável. Enquanto isso, 28% desse total já é considerada obesa.
O problema também atinge os mais novos: uma em cada três crianças entre 10 e 11 anos já apresenta distúrbios de peso.
Como será a campanha contra a obesidade no Reino Unido
O jornal The Guardian avalia que o plano deverá custar 10 milhões de libras (R$ 66 milhões). O objetivo é ajudar 35 milhões de pessoas, ou seja, mais da metade da população do país, a reduzir seu peso. Ao mesmo tempo, o governo deseja incentivar a adoção de rotinas mais saudáveis.
Para que isso aconteça, diferentes medidas contra a obesidade no Reino Unido vão ser implementadas. A fim de limitar o acesso das crianças à publicidade de alimentos não saudáveis, por exemplo, os anúncios serão proibidos tanto na televisão quanto na internet até às 21h.
Todos os restaurantes e redes de fast food que contam com mais de 250 funcionários deverão informar, em seus cardápios, o número de calorias em cada um de seus pratos. No caso dos supermercados, ficam vetados os descontos para comidas que não são consideradas saudáveis. A disposição desses itens nas prateleiras também será restrita. Os produtos não poderão ser expostos em locais de destaque, como o balcão dos caixas ou a entrada dos estabelecimentos.
Já a rede de saúde irá oferecer serviços voltados à redução de peso e os médicos poderão prescrever atividades físicas aos pacientes, principalmente caminhadas e passeios de bicicleta.