Alerta de Tsunami no Alasca é retirado após tremores em diversas regiões
O alerta de tsunami havia sido levantado após sismo de magnitude 7,8 na Península do Alasca ter colocado de sobreaviso todas as regiões a 300 quilômetros do epicentro
Na terça-feira, 21 de julho, um sismo de magnitude 7,8 foi registrado disparou um alerta de tsunami no Alasca, causando tremores de terra a centenas de quilômetros da região.
O terremoto ocorreu inicialmente nos Estados Unidos e teve seu epicentro nas Ilhas Aleutas.
Posteriormente, moradores de regiões tão distantes quanto 650 quilômetros do epicentro relataram ter sentido a terra tremer.
A seguir, o National Tsunami Warning Center emitiu um alerta de tsunami para toda a região do litoral do Alasca, de Kennedy Entrance a Unimak Pass.
Alerta de Tsunami
De acordo com matéria do jornal O Observador, as sirenes soaram e os habitantes do Estado foram convidados a refugiar-se no interior ou em zonas altas, evitando a costa.
Porém, nessa quarta-feira, o National Tsunami Warning Center emitiu um boletim informando o cancelamento do alerta. “Não há registro de danos.” disse o Sargento Mike Sorter da Polícia de Kodiak à imprensa. “Nenhum dano corporal foi informado. Foi tudo nominal.”
Ainda assim, de acordo com National Tsunami Warning Center, “um tsunami foi gerado por esse evento, mas não apresenta ameaça”.
O centro informou que mudanças no nível do mar ainda poderão ser percebidas na região e que as pessoas não deveriam retornar às zonas de perigo antes da liberação as autoridades.
Preocupação com o Coronavírus
Se tudo em meio a uma pandemia é mais complicado, a evacuação das zonas de risco não seria uma exceção. O jornal USA Today descreve em uma matéria a complexa situação na qual os residentes se viram ao se direcionarem aos abrigos.
Enquanto o alerta de tsunami soava, muitos abrigos começaram a se ver com aglomerações de pessoas cada vez maiores. Sem poder negar asilo às pessoas que chegavam, os abrigos passaram a distribuir máscaras para prevenir a disseminação da doença entre os abrigados.
Algumas escolas cederam seus espaços para diminuir a aglomeração. “Temos uma escola cheia e pessoas,” disse Larry LeDoux, superintendente do Distrito Escolar de Kodiak, “estou distribuindo máscaras desde que a primeira sirene soou.” ele contou ao jornal.
LeDoux, que cresceu em Kodiak, não parecia muito preocupado com o alerta, dizendo à imprensa: “Eu faço isso desde que sou uma criancinha… Não é nenhuma novidade.” Ou seja, a população dessa região parece estar mesmo acostumada com esse tipo de situação.
Mas o que será que leva a toda essa frequência de tremores e alertas?
A situação do Alasca
O Alasca se encontra na região chamada de “cinturão de fogo” do Pacífico, entre o Golfo do Alasca e a Península de Kamtchatka, na Rússia.
Em função da constante movimentação de placas tectônicas na região, essa é uma zona de elevada instabilidade geológica, com atividade vulcânica e terremotos frequentes.
Por isso, assim como o alerta de tsunami, outros perigos fazem parte a vida dos residentes dessa região.
Por exemplo, em 27 de março de 1964 o sismo mais violento registrado em todo o mundo, de magnitude 9,2, atingiu a zona do Alasca.
Esse sismo prolongou-se durante vários minutos e provocou imensa devastação na costa oeste americana. No entanto, dessa vez, apesar da intensidade do sismo ter sido bastante alta, parece mesmo que foi só um susto.