Ações do Twitter despencam após banir o presidente Trump
Os investidores parecem hesitar com a decisão da rede social de suspender o presidente Trump.
Os preços das ações do Twitter despencam na segunda-feira (11). Afinal, os investidores parecem hesitar com a decisão da rede social de suspender o presidente Trump.
As ações da empresa com sede em San Francisco caíram até 12% no primeiro pregão. Isso ocorreu logo depois que a plataforma decidiu bloquear Trump da plataforma na sexta-feira.
De acordo com o Twitter, a conta do presidente representava um “risco de mais incitamento à violência” depois que seus apoiadores invadiram o Capitólio.
As ações reduziram as perdas ao longo da manhã e caíram 6,4%, fechando em US$ 48,18.
A ação do Twitter contra o presidente que está deixando o cargo – cuja conta tinha mais de 88 milhões de seguidores – foi a primeira suspensão permanente de um chefe de Estado.
Dessa forma, isso provavelmente gerará um debate furioso sobre o papel que as empresas de tecnologia desempenham na regulamentação da expressão.
Além disso, também poderá prejudicar a base de usuários do Twitter, já que apoiadores de Trump e ativistas de direita prometem boicotar a empresa.
Ações do Twitter despencam
Em um comunicado, o Twitter disse que detectou planos de usuários na plataforma para realizar protestos armados, “incluindo um ataque secundário proposto ao Capitólio dos Estados Unidos e aos edifícios do Capitólio estadual em 17 de janeiro de 2021”.
O uso de mídias sociais para organizar levantes violentos pode levar o Twitter e outras empresas a intensificar seus esforços de moderação de conteúdo. Dessa forma, pode acarretar em custos maiores.
“A moderação incremental pode ser bem-vinda. Mas não é barata e pode beneficiar o Facebook, que já emprega um exército de moderação cerca de seis vezes maior que a força de trabalho do Twitter”, escreveram analistas da Bernstein.
Além disso, os legisladores democratas prestes a assumir o controle do Congresso neste mês estão tentando reprimir o Twitter e outros gigantes da mídia social por causa de seus papéis nos tumultos mortais do Capitólio, de acordo com relatórios.