Ações do Reino Unido saltam à medida que os mercados reagem ao Brexit
Esta foi a primeira chance dos investidores reagirem ao acordo comercial do Brexit com a UE
Os mercados de ações do Reino Unido deram um salto em seu primeiro pregão após as férias de Natal.
Assim, essa foi a primeira chance dos investidores reagirem ao acordo comercial do Brexit com a UE. Afinal, os mercados fecharam cedo na véspera de Natal.
Os índices FTSE 100 e 250 subiram mais de 2,1% na hora do almoço.
Mas as ações de bancos despencaram pela Europa, à medida que persistem as preocupações sobre o impacto da pandemia do coronavírus na economia global.
Além disso, os bancos foram responsáveis por quatro das cinco maiores quedas no FTSE 100, com o Lloyds mais atingido sofrendo uma queda de quase 4%.
Shanti Keleman, analista da Brown Shipley, classificou as ações de bancos britânicos em queda por “nenhum acordo sobre equivalência de serviços financeiros no negócio Brexit”.
Contudo, Simon French, da Panmure Gordon, destacou que os negócios eram escassos, mesmo para os padrões usuais desta época do ano. “As narrativas usuais do mercado são ainda mais instáveis que o normal”, acrescentou.
Ações do Reino Unido
Um dos maiores disparos em Londres foi a empresa farmacêutica AstraZeneca, que ganhou 3,9% em relatos de que o governo está prestes a aprovar sua vacina covid-19.
Além disso, as ações de viagens também se beneficiaram do otimismo do mercado, liderado pelo Intercontinental Hotels Group, que subiu 4,3%.
A alta de Londres na terça-feira (22) seguiu-se aos ganhos na segunda-feira para os principais mercados em Frankfurt e Paris, bem como em Wall Street.
O sentimento dos investidores também foi impulsionado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, concordando em liberar centenas de bilhões de dólares em apoio aos gastos da pandemia. Ele já havia se recusado a assinar o acordo.
A libra começou forte, mas depois recuou, sendo negociada 0,1% mais baixa em relação ao euro, a € 1,10. A alta de 0,2% em relação ao dólar foi de US$ 1,3493.