Morre brasileiro voluntário que testava vacina de Oxford

Anvisa confirmou morte do brasileiro voluntário que participou dos testes; ainda não há informação se ele tomou a vacina ou o placebo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou nesta quarta-feira que morre um voluntário brasileiro que participava dos testes da vacina de Oxford.

Como morreu o voluntário?

Segundo pesquisadores que participam dos testes em solo brasileiro, o voluntário era um médico de 28 anos, morador do Rio de Janeiro. A morte teria ocorrido por complicações da covid-19. Não se sabe se ele tomou a vacina ou o placebo.

A Anvisa informou que foi notificada da morte no dia 19 de outubro. Ainda disse que o comitê independente que investiga o caso sugeriu que o estudo prossiga.

A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford conta com a parceria do laboratório AstraZeneca. Neste momento é vivenciada a fase 3 dos testes, justamente a última e que deve medir a eficácia da vacina.

Até então, nenhuma reação grave havia sido verificada. Um estudo publicado em julho, na revista científica “The Lancet”, citou apenas reações consideradas leves e moderadas. Casos de dor após a vacinação, fadiga, dores de cabeça e musculares foram relatados.

Governo aposta na vacina de Oxford

Vale lembrar que o governo federal tem no projeto da AstraZeneca/Oxford uma das maiores esperanças entre as vacinas em desenvolvimento.

O Ministério da Saúde prevê investimento de R$ 1,9 bilhão para essa iniciativa e espera oferecer 100 milhões de doses já no primeiro semestre de 2021.

Em uma segunda etapa, há a previsão de produzir mais 165 milhões de doses no Brasil para imunização no segundo semestre do ano que vem.

Saiba mais: Vacinas em teste no Brasil: saiba o que o país tem até agora

Confira a nota completa da Anvisa sobre a morte do voluntário brasileiro:

“Em relação ao falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford, a Anvisa foi formalmente informada desse fato em 19 de outubro de 2020. Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.

Portanto, a Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes.

A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância.

A Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira.”

Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes