Lactalis investe em fornecedores de leite no País
A francesa Lactalis pretende ampliar em 30% a produtividade nas propriedades que entregam leite para a companhia no Brasil.
São Paulo – A francesa Lactalis pretende ampliar em 30% a produtividade nas propriedades que entregam leite para a companhia no Brasil. O plano faz parte do programa de fidelização com produtores brasileiros. O incremento deve ser alcançado no prazo de um ano, conforme estima o diretor de Comunicação Externa, Assuntos Regulatórios e Corporativos da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella. De acordo com ele, a empresa tem 16 mil fornecedores no País, sendo metade deles no Rio Grande do Sul. Desse total, 2 mil fazem parte do Lactaleite, programa de fidelidade da companhia, criado em abril deste ano. Ele conta que, atualmente, a companhia capta 1,6 bilhões de litros de leite por ano em propriedades por todo o País. Segundo ele, para aumentar o número de participantes no Lactaleite, a empresa, que já paga por qualidade, passou a oferecer assistência técnica, insumos a valor competitivo e de orientação. “O aumento da produtividade é o melhor caminho para incrementar a receita do produtor”, afirma o executivo. Hoje, a produtividade varia entre 200 litros por dia e 600 litros dia entre os fornecedores da multinacional no Brasil.
Derivados de leite
A companhia também investiu R$ 10 milhões na modernização da unidade de Teutônia (RS) para produzir uma linha nova de manteiga premium da marca Presidént. A planta tem capacidade para produção de 600 toneladas por mês. Os equipamentos foram trazidos da Europa e o primeiro lote do produto deve estar nas gôn-dolas até novembro deste ano. “Acreditamos que existe espaço para produtos premium para queijos e leites”, reforça o CEO da companhia no Brasil, André Salles.A empresa atua no País com as marcas Boa Nata, Poços de Caldas, Santa Rosa, Balkis, DoBon, Cotochés, Elegê e Batavo. A Lactalis também pretende exportar 50 toneladas de leite para o Uruguai e a Argentina, em um momento em que o mercado nacional enfrenta queda de consumo, devido a crise econômica, enquanto a produção de leite cresce.