Governança: investir na área vira alvo das redes médias
SÃO PAULO – Contratar executivos capacitados, adotar soluções tecnológicas e criar um conselho administrativo com poder de decisão. Tais estratégias têm mudado o cotidiano das empresas f
SÃO PAULO – Contratar executivos capacitados, adotar soluções tecnológicas e criar um conselho administrativo com poder de decisão. Tais estratégias têm mudado o cotidiano das empresas familiares, cada vez mais atentas à necessidade de profissionalizar a gestão de seus negócios. Ao empregar tais práticas de governança corporativa, empresas de médio porte do comércio varejista buscam não perder espaço entre a concorrência, afirmou Luiz Marcatti, sócio da Mesa Corporate Governance, consultoria especializada.
Como de cada 100 empresas com o comando familiar, apenas 30 chegam à segunda geração, para o consultor as tomadas de decisões são mais sensatas e evitam conflito de interesses com a governança. “A sucessão em um negócio familiar é de extrema importância, mas, por vezes, o filho, o sobrinho ou o neto não são os mais indicados para um cargo de presidência.”
Os empresários que vislumbram a ida à Bolsa de Valores, além das práticas de governança devem atentar a detalhes como a comunicação da empresa com o mercado e a participação em encontros com potenciais investidores, conforme explicou a sócia da MBS Value Partners, Monique Skruzny.
Levantamento do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa identificou 300 empresas com faturamento acima de R$ 200 milhões, com a crescente percepção dos empresários sobre a governança: 93% viram melhora na gestão, assim como a melhora na imagem da empresa perante o mercado.
Conforme o Instituto Brasileiro de Gestão e Pesquisa “a Governança Corporativa teve origem na década de 1930, com o desenvolvimento dos mercados de capitais, responsáveis por boa parte do financiamento e conseqüente crescimento das empresas. Mas a expressão “Governança Corporativa” surgiu apenas no início dos anos 90, época em que foi publicado o primeiro código de melhores práticas de Governança Corporativa. O primeiro livro com essa expressão no título foi publicado em 1995 – Corporate Governance de Monks e Minow.
As boas práticas de Governança Corporativa permitem que os investidores retomem o poder sobre a empresa e reduzam a discricionariedade dos gestores. A cadeia de comando flui do proprietário para o executor, por meio da ação dos executivos e sob mediação do conselho de administração (board). Os gestores vêem reduzida sua liberdade de ação, mas compartilham as decisões e obtêm apoio e orientação do conselho de administração, que também facilita a interlocução com os acionistas.’